Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2021
Uma médica chamou a Polícia Militar e o Conselho Tutelar depois de atender uma bebê de seis meses com mais de 30 lesões pelo corpo, em Anápolis (GO), a 55 quilômetros de Goiânia. O pai da criança foi levado à delegacia, disse à polícia que não sabia o motivo dos hematomas e foi liberado. Até esta quarta-feira (12), a menina seguia internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Goiânia.
O caso foi registrado na noite de segunda-feira (10), por volta de 22h30, quando a criança foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento Pediátrica, em Anápolis. Segundo a mãe da bebê informou ao Conselho Tutelar e à PM (Polícia Militar), o pai estava com a criança no colo quando percebeu que ela não estava bem.
“A mãe disse que o bebê estava ‘molinho’ no colo do pai e acionou o Corpo de Bombeiros, que levou a criança ao hospital. A mãe foi junto acompanhando”, disse o conselheiro tutelar Miqueias Duarte.
Na unidade, após perceber pelo menos 30 hematomas aparentes pelo corpo da bebê, a médica suspeitou que a criança fosse vítima de maus-tratos e acionou as autoridades.
A Polícia Civil investiga os pais da bebê de seis meses. Após o atendimento inicial, a criança foi transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde segue internada, em Goiânia. Segundo o último boletim divulgado pela unidade, às 10h24 desta quarta-feira (12), o estado de saúde da bebê era grave e ela respirava com ajuda de aparelhos.
Miqueias disse ainda que o Conselho Tutelar aguarda um parecer da Polícia Civil informando se o caso tem relação com maus-tratos. Por enquanto, a criança segue acompanhada pela mãe, no hospital. Ainda conforme o conselheiro, não havia nenhuma denúncia anterior relacionada aos pais do bebê junto ao conselho.
A delegada responsável pelo caso, Kênia Duarte, disse que um exame de corpo de delito deve ser feito nos próximos dias para determinar o que causou os ferimentos. “Nós pretendemos esclarecer se essas lesões foram causadas intencionalmente ou por descuido e de que forma ocorreram. As pessoas envolvidas devem ser ouvidas nos próximos dias, a fim de verificar se há coerência ou contradições”, disse. As informações são do portal de notícias G1.