Quinta-feira, 07 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2018
Animações ganham cada vez mais espaço no mercado de produções audiovisuais e movimentam cerca de R$ 4 bilhões no Brasil. É o que indica estudo inédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) divulgado este ano. Nesse montante estão inclusas desde produções em plataformas de streaming (VOD), animações para uso corporativo e publicidade em TV paga, cinema e até embutidas em games.
O uso da animação tem sido frequentemente adotado para falar de forma leve e que envolva o público, e é possível perceber esse crescimento e adesão especialmente nas redes sociais. Hoje, assistimos desde vídeos voltados para o entretenimento até produções para alertar e conscientizar sobre temas complexos, sensíveis ou polêmicos.
De acordo com Newman Costa, diretor de audiovisual da Uzumaki Comunicação, esse é um mercado de oportunidades. “Quando falamos em animação, muita gente associa somente a desenhos animados, mas não é bem assim. Usamos com frequência na produção de webséries, aplicativos e na produção para canais de YouTube. A animação vem para facilitar e gerar aproximação com o público”, explicou.
Costa ressalta que a ferramenta é uma excelente aliada para a comunicação de empresas, lançamentos de produtos, reposicionamento de marcas ou campanhas. “Tudo vai depender do objetivo do cliente. A indústria criativa tem espaço para todos e o bacana é que podemos usar em filmes publicitários, em conteúdo jornalístico e até mesmo na interação em ações de live marketing”, destacou.
Outro ponto importante é que, embora animações permitam criações divertidas, leves e bem humoradas, produzi-las envolve muito tempo, seriedade e comprometimento. Há um conjunto de atividades que requerem alto nível de planejamento e concentração. Algumas estimativas calculam que cerca de cinco segundos de animação requerem aproximadamente cinco dias de trabalho. Sem contar todo o trabalho com criação de roteiro, trilha sonora e locução, além da gestão dos profissionais envolvidos e do cronograma de trabalho.
Para quem ainda não está de olho neste nicho promissor, vale a pena ficar antenado, porque as perspectivas são as melhores. De acordo com o relatório Global Animation Industry 2017: Strategies Trends & Opportunities Report, elaborado pela Research and Markets (Digital Vector), o mercado mundial de animação tem expectativa de atingir US$ 270 bilhões em 2020.
Diferente do que muitos pensam, a ferramenta é acessível e pode entrar nas ações de marketing de muitas empresas. Por falta de conhecimento, gestores não buscam o recurso da animação achando que o valor está fora do bugdet. “Às vezes, vale mais a pena investir na animação focada em redes sociais, por exemplo, que produzir um vídeo para TV. Tudo é uma questão estratégia e avaliar os objetivos que se deseja conquistar”, finalizou Newman Costa.