Segunda-feira, 14 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2021
A condição clínica de Michael Schumacher é mantida sob sigilo e tem raríssimas atualizações desde o grave acidente sofrido pelo heptacampeão mundial de Fórmula 1 na estação de esqui de Méribel, nos Alpes Franceses, em 29 de dezembro de 2013.
Recentemente, no documentário “Schumacher”, veiculado pela plataforma de streaming Netflix, Corinna Schumacher falou um pouco sobre a atual situação do marido. Neste último fim de semana, foi a vez de Piero Ferrari, vice-presidente da marca italiana de automobilismo e filho do fundador, Enzo Ferrari.
Em entrevista concedida ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport, o executivo lembrou das oportunidades em que desfrutou da companhia de Michael Schumacher e destacou a personalidade do ex-piloto alemão.
“Tive o prazer de ter Schumacher como hóspede em casa e beber uma garrafa de vinho tinto juntos. Ele gostava muito desses momentos de intimidade e tranquilidade”, disse Piero. “Era uma pessoa simples, clara e precisa. Uma personalidade muito linear”, ressaltou.
Ao falar sobre a atual condição de Michael, Piero corroborou as palavras recentes de Corinna. “Lamento falar sobre ele hoje como se estivesse morto. Ele não está morto. Ele está lá, mas não consegue se comunicar”, disse o italiano.
Em rara declaração sobre o marido, Corinna Schumacher falou recentemente sobre o sentimento da família diante do atual estado de Michael.
“Nunca culpei Deus pelo que aconteceu. Foi só azar, já que podia ter acontecido com qualquer um. Claro, sinto falta dele todos os dias. Mas não sou a única a sentir falta dele. As crianças, a família, o pai dele, todos ao redor. Todos sentem falta de Michael”, disse a esposa durante o documentário “Schumacher”.
“Mas Michael está aqui. Ele está diferente, mas está aqui. E isso nos dá força”, considerou. “Estamos juntos, vivemos juntos em casa. Ele está em tratamento. Fazemos de tudo para melhorar a condição dele, para garantir que ele esteja confortável e para fazer com que ele se sinta em família, uma ligação”, frisou.
Ainda no documentário, Corinna reforçou os motivos pelos quais a família mantém as condições de Schumacher sob sigilo absoluto. “Michael sempre nos protegeu, agora estamos protegendo Michael. Estamos vivendo nossas vidas, “privado é privado”, como ele sempre disse. É muito importante para mim que ele possa continuar a desfrutar de sua vida privada o máximo possível”.
“O que quer que aconteça, farei tudo que puder. Sempre faremos. Como família, tentamos seguir em frente como Michael gostaria e como ainda quer”, finalizou Corinna Schumacher.
Acidente
Michael Schumacher, em 2013, já era heptacampeão da Fórmula 1. Em dezembro daquele ano, porém, corria em um terreno diferente. O ex-piloto descia por uma pista de esqui nos Alpes franceses quando caiu e bateu a cabeça. O piloto alemão passou desde aquele momento por um tratamento baseado em células-tronco.
Schumacher estava na época com 44 anos e sofreu o acidente enquanto esquiava, na França. Na época, o boletim médico mencionava um traumatismo craniano e informava que o ex-piloto estava em coma. Segundo um instrutor, a pista na qual Schumacher descia era de pouca dificuldade, embora apresentasse algumas pedras no percurso. Não se sabia, na época, o que poderia ter feito o alemão perder o equilíbrio.