Quarta-feira, 30 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 29 de julho de 2025
Ministro Alexandre de Moraes pediu que o presídio esclareça se foi aberto algum procedimento para apurar possíveis violações
Foto: Fellipe Sampaio/STFO ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta terça-feira (29) que a direção do Complexo Médico Penal, em São José dos Pinhais (PR), preste informações sobre eventuais maus-tratos a Filipe Garcia Martins, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro.
Em interrogatório ao Supremo, Filipe Martins afirmou ter sofrido violações durante prisão na unidade, como ter permanecido em isolamento e ficado em uma cela sem iluminação. Martins é réu no STF. Moraes pediu que o presídio esclareça se foi aberto algum procedimento para apurar possíveis violações.
O ministro também determinou que a Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Paraná e ao juiz corregedor do TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná) informem se tiveram conhecimento de eventuais irregularidades contra Martins e se medidas foram adotadas na época.
Filipe Martins é apontado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) como integrante do chamado núcleo 2 da organização criminosa criada para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, apesar do resultado das urnas.
Esse grupo é definido pela PGR como o núcleo formado por acusados que ocupavam posições profissionais relevantes e gerenciavam as ações elaboradas pela organização da suposta trama golpista.
Martins responde no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e dano ao patrimônio tombado.
O ex-assessor de Bolsonaro nega as acusações. Ele disse que Mauro Cid mente na delação premiada e que não participou de reunião de Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas, quando teria sido apresentado o texto da chamada minuta do golpe.