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Rio Grande do Sul Ministro Extraordinário para o RS, o gaúcho Paulo Pimenta é motivo de incômodo no governo de Eduardo Leite

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Aliados afirmam que Pimenta participará, mesmo sem obrigação, de audiência na comissão no dia 12 de junho. (Foto: EBC)

Em recentes declarações, o governador Eduardo Leite tem garantido não haver atritos com a gestão federal nas ações relacionadas às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. O discurso é de que as duas instâncias trabalham em conjunto. Mas fontes ligadas aos bastidores mencionam um desconforto entre aliados do Palácio Piratini e membros do gabinete do gaúcho Paulo Pimenta, titular do recém-criado Ministério Extraordinário para Reconstrução do Estado.

Além de um suposto plano de Pimenta em se candidatar ao governo gaúcho em oposição ao grupo de Leite em 2026, a equipe do petista conta com outros três políticos do partido derrotados em eleições passadas. Na avaliação de integrantes do governo estadual, estes também estariam cogitando voltar às urnas. Pimenta nega uma tentativa de promover assessores. “Estão enganados. Nenhum deles é candidato a qualquer coisa”, disse a colunistas do portal de notícias G1.

O mais ilustre dos “resgatados” é o presidente da Câmara dos Deputados em 2010-2013, Marco Maia. Também gaúcho, o ex-parlamentar cuidará da relação com as bancadas estaduais e federais, encaminhando pedidos de recursos e emendas às prefeituras atingidas por enchentes. Ele chegou a ser alvo de inquérito na operação Lava-Jato por supostamente cobrar propina para livrar a empreiteira Odebrecht da CPI da Petrobras, mas o inquérito foi arquivado.

Mais não conseguiu se reeleger em 2018, mas ficou como suplente e assumiu vaga em janeiro e fevereiro do ano passado, durante o recesso do Legislativo. Isso porque Pimenta, que também é deputado, assumiu a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro integrante do gabinete que já foi deputado e não se reelegeu é o também petista Ronaldo Zulke. Ele fui incumbido de cuidar das linhas de crédito do governo federal para o empresariado com perdas relacionadas à tragédia climática.

Já o secretário-executivo do Ministério Extraordinário é Maneco Hanssen, da Comunicação Institucional da Secom e ex-prefeito de Taquari (Vale do Taquari), uma das cidades gaúchas mais afetadas pelos estragos das chuvas. Ele se concorreu a deputado estadual mas não ganhou e permanece como suplente. Com a dança-das-cadeiras nas eleições municipais de outubro próximo, poderá assumir vaga na Assembleia Legislativa.

Por enquanto, nenhum desses assessores se colocou oficialmente como pré-candidato. Mas 2026 ainda está longe e a equipe de Eduardo Leite acredita que essa situação pode mudar: nesse caso, a reconstrução gaúcha tem potencial para ajudar no resgate das carreiras políticas do grupo.

MP ameaçada

A criação do Ministério Extraordinário para a Reconstrução do Rio Grande do Sul colocou o governo federal em mais um movimento arriscado frente ao Congresso Nacional. Auxiliares do Planalto avaliam que a MP que instituiu a pasta comandada por Paulo Pimenta pode não ser aprovada pelos parlamentares se entrar na pauta de votação.

O texto foi enviado pelo governo no dia 15 e tem validade imediata de 120 dias. O calendário do Legislativo federal também pode jogar a favor de Lula. Caso a Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja aprovada até o meio do ano, o recesso parlamentar acrescentaria mais 15 dias de validade ao texto, garantindo Pimenta no cargo até o fim de setembro.

Inicialmente, o governo anunciou que pretendia manter a estrutura até fevereiro de 2025, o que só seria possível com a aprovação da MP. Frente às resistências no Congresso, a estratégia agora é “empurrar com a barriga” a votação do texto e ganhar tempo na atuação do ministro no estado, cenário tido como possível e favorável.

A expectativa é que no período de vigência da MP, Pimenta consiga ao menos finalizar o plano de reconstrução. Passado o tempo de validade do texto, o governo poderia continuar encaminhando as ações através de outras estruturas, como secretarias extraordinárias.

Um cenário avaliado é o que prevê a hipótese de a MP caducar. A secretária extraordinária, que tem status de ministério, seria, então, remanejada para a estrutura da Casa Civil.

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