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Brasil Não há prova de que ivermectina cure coronavírus, ao contrário do que diz uma médica

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Anvisa não reconhece o medicamento indicado pela médica Lucy Kerr para o tratamento da doença causada pelo coronavírus. (Foto: Reprodução)

É enganoso o conteúdo de um vídeo que afirma que a Covid-19 pode ser curada com a ivermectina, remédio usado para tratar parasitas. Em uma publicação no YouTube, no dia 20 de maio, a médica Lucy Kerr diz ter tratado 20 pacientes com ivermectina e afirma que o novo coronavírus “tem cura”.

Todos os estudos sobre a ivermectina, porém, estão ainda em estágio inicial. A autoridade sanitária dos Estados Unidos, FDA, emitiu um alerta em relação ao uso de ivermectina por pessoas com Covid-19. E, no Brasil, a Anvisa não reconhece o medicamento para o tratamento da doença.

Consultada, Lucy Kerr afirmou que a maioria dos pacientes que ela “curou” não fizeram teste de Covid-19 nem o teste que verifica se o vírus não está mais no organismo. Disse que a comprovação da eficácia do remédio é observacional. Depois, por e-mail, afirmou que, embora os dados sejam observacionais, ela e médicos com quem conversa em um grupo de WhatsApp estão tendo “resultados de cura em tempo muito mais curto – 48 horas em média – do que seria a recuperação natural de Covid-19”.

Catorze dias após a publicação do vídeo, o YouTube retirou-o do ar. A plataforma não comenta casos específicos, mas afirmou que “o YouTube tem políticas claras sobre o tipo de conteúdo que pode estar na plataforma e não permite vídeos que promovam desinformação sobre a Covid-19”.

Após a retirada do vídeo do ar, a médica entrou em contato com o Comprova, reforçando “o potencial de cura da Covid-19 [pela ivermectina]” e dizendo que os resultados “serão maravilhosos”.

Investigação

Vídeos e textos falando sobre curas milagrosas contra o novo coronavírus viralizam rapidamente nas redes sociais e colocam a população em perigo ao fazê-la acreditar em milagres. Neste vídeo, a médica diz que a “Covid tem cura, nós podemos liquidar com essa moléstia em pouquíssimo tempo” – ou seja, está criando uma falsa sensação de esperança.

No dia 1º de junho, a publicação, feita em 20 de maio, já tinha mais de 360 mil visualizações e cerca de 2 mil comentários. Muitos internautas estavam apoiando a médica. Um deles parabenizou Lucy Kerr “pela coragem de contradizer as mais ‘poderosas pessoas da ciência’, que tentam esconder remédios baratos que estão salvando vidas”.

O medicamento

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a ivermectina está registrada como “medicamento contra infecções causadas por parasitas”.

A Food and Drug Administration (FDA), órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, descreve a ivermectina como liberada para humanos no tratamento de vermes intestinais e, também, de parasitas tópicos como piolho e rosácea. Ela também é usada para o tratamento de vermes em diversas espécies de animais.

Segundo a FDA, possíveis efeitos colaterais incluem vômito, diarreia, dor estomacal, erupções cutâneas, eventos neurológicos (tais como convulsões, tontura e confusão), queda repentina da pressão arterial e danos ao fígado.

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https://www.osul.com.br/nao-ha-prova-de-que-ivermectina-cure-coronavirus-ao-contrario-do-que-diz-uma-medica/ Não há prova de que ivermectina cure coronavírus, ao contrário do que diz uma médica 2020-06-18
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