Domingo, 02 de junho de 2024
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2024
Depois de atingir a marca histórica de 5,33 metros no último domingo (5), o nível do Guaíba baixou para 4,86m no início da noite dessa quinta-feira (9). No entanto, grande parte de Porto Alegre continuava inundada. E mesmo com a redução, o lago prossegue acima da cota de inundação (3 metros).
A informação foi obtida às 18h15min por meio da régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) e Agência Nacional de Águas (ANA).
A água que avançava sobre as ruas da capital gaúcha aparentava estar estável e até recuando em algumas regiões, segundo moradores que tem monitorado o nível dos alagamentos onde vivem. Porém, há previsão de novas chuvas para esta sexta-feira (10).
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, os níveis dos rios no Rio Grande do Sul ainda estavam altos, principalmente nos rios Uruguai, Jacuí, Sinos, Gravataí e na Lagoa dos Patos, da Bacia do Taquari.
Esse grande volume de água vai para o Guaíba e, depois, chega à Lagoa dos Patos, no Sul do Estado. Conforme o serviço, todos os pontos de monitoramento registravam marcas acima da cota da inundação, porém era observado um declínio.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas fortes no Rio Grande do Sul a partir desta sexta-feira. A expectativa é de que se prolongue até o domingo (12) com maior intensidade entre o centro-norte e leste do estado, incluindo o litoral norte e o sul de Santa Catarina.
Entre esta sexta e a segunda-feira (13), as chuvas serão mais intensas no centro-leste e nordeste do Estado, incluindo a Região Metropolitana de Porto Alegre.
“Neste período, os volumes de chuva podem passar dos 100 milímetros (mm). Ainda conforme a previsão, os ventos mudarão de direção e soprarão predominantemente de sul. Entre o fim do domingo (12) e a segunda-feira (13), as rajadas variam de oeste a sul e depois de sul, com velocidade acima de 30 km/h. Já na terça-feira (14), os ventos enfraquecem”, informou o instituto.
Os acumulados de chuva neste período poderão superar os 150 milímetros (mm), condição que pode agravar ainda mais a situação do Estado.
Ainda na segunda, a previsão indica a passagem de uma nova frente fria mais intensa sobre a Região Sul do Brasil, incluindo a possível formação de um ciclone extratropical nas proximidades da costa, o que pode causar o incremento dos ventos do setor leste. Nos dias seguintes, esta frente fria e o posterior ingresso de uma massa de ar frio e seco irá causar queda nas temperaturas e possibilidade de chuva na próxima semana. As rajadas de vento seguirão soprando do setor sul e dificultando o escoamento das águas.