Sexta-feira, 17 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Mark Twain escreveu, no final do século XIX, que “a diferença entre a verdade e a ficção é que a ficção faz mais sentido”. A política brasileira comprova que o escritor norte-americano tinha razão. Nas próximas campanhas, isso vai se repetir.
NAS ALTURAS
Agora, há uma super idealização sobre o que o governo Temer fará. Não aparecerão fórmulas mágicas em um País que acumulou erros ao longo de muitas décadas.
Exemplo: permitiram que a dívida pública, somando os governos federal, estaduais e municipais, chegasse a mais de 4 trilhões de reais. Este ano, só de juros, o governo federal pagará mais de 200 bilhões de reais. É a soma dos orçamentos dos Ministérios da Saúde e da Educação.
DOIS CAMINHOS
Os gastos públicos devem ter limite, que é a capacidade da população em pagar impostos. Não existe outra saída. Adaptam a máquina pública ao que os contribuintes de impostos podem suportar ou o País continuará no mundo da imaginação. Os governos seguirão parecendo ricos e a população empobrecendo.
O poder público recolhe a seus cofres 37 por cento de tudo quanto é produzido. A população está cansada de tanto achaque e pouco retorno.
AVISO VEM DE LONGE
Toda a vez que a crise do Estado entra na pauta, é citado o Relatório Sayad. Com apoio de 50 empresas, em 1989 a Fiergs contratou João Sayad, ex-ministro do Planejamento. O trabalho tinha como focos os sistemas tributário e financeiro, a reestruturação administrativa, o planejamento, o fomento e o suporte do desenvolvimento econômico, além de nova política de pessoal.
Nas conclusões, apresentadas em 400 páginas, houve alerta para o crescimento das despesas com pessoal que, desde 1981, ultrapassavam a arrecadação do ICMS.
DESCENDO A LADEIRA
Além de verificar o efetivo de pessoal superior às necessidades, o Relatório Sayad apontou legislação distorcida, com vantagens automáticas que premiavam tempo de serviço, em detrimento da produtividade e competência dos servidores.
A análise comprovou a precariedade da situação econômica do Estado à época. Ela foi atribuída ao nível de endividamento e sua composição, caracterizada pelo elevado grau de inadimplência.
O relatório toma poeira em alguma prateleira.
MOTIVO
A decisão de cortar o ponto dos grevistas foi tomada após manifestação do Cpers diante do Palácio Piratini, sexta-feira à tarde. Os ataques ao governador Sartori foram fulminantes.
MESMA TECLA
A 15 de maio de 1956, o vice-presidente da República, João Goulart, estava em Nova Iorque e durante entrevista declarou que “indubitavelmente, a inflação é o problema número um do Brasil”.
Passados 60 anos, não mudou.
RÁPIDAS
* Pelo 16º mês consecutivo, a Economia do País andará para trás. Por enquanto, a certeza é de que dias difíceis virão.
* Os aliados provocaram mais estragos à presidente Dilma do que a oposição.
* A bancada federal do PSDB foge da água quente para não se queimar: até quarta-feira anunciará que vai votar contra a CPMF.
* O Palácio do Planalto abrirá amanhã o muro para lamentações dos que sonhavam e não ganharam cargos no 1º escalão.
* Comentário de um ministro após a posse: “Nesta hora, poucos estão preparados para enfrentar o sucesso alheio.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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