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Flávio Pereira Nos corredores do Senado, a proposta: aliviar Bolsonaro na CPI em troca da vaga no STF

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O ex-senador Magno Malta, com o colunista, em Brasília. (Foto: Reprodução)

A demora para que seja colocada em pauta na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) a indicação do presidente Jair Bolsonaro, do advogado André Mendonça para uma vaga no STF, decorrente da aposentadoria do ex-ministro Marco Aurélio Mello, tinha tudo para ser um episódio normal. O Senado já deu tramitação normal por exemplo, a nomes como o próprio Marco Aurélio Mello, primo~irmão do então presidente Fernando Collor, que o indicara. Aprovou ainda Dias Toffoli, ex-advogado do Partido dos Trabalhadores.

Para entender ocaso: o presidente da CCJ é o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre, flagrado há poucos dias em uma deprimente gravação onde negocia com a suposta amante de um desembargador que dirige o TRE do Amapá, cargo e vantagens pessoais, em um possível nepotismo cruzado que garanta emprego para sua esposa no mesmo Tribunal Regional Eleitoral. Em 2016, esse Tribunal Regional Eleitoral julgou improcedentes uma representação, uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) e uma Aime (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) que pediam a cassação do mandato de Davi Alcolumbre, por entender que não houve comprovação da participação ou conhecimento do então candidato sobre eventuais fraudes no pleito de 2014, e de prática de abuso de poder econômico.

Troca-troca envolveria até vaga no STF

Davi Alcolumbre, o “Batoré”, incomodado por ter voltado ao baixo clero após deixar a presidência do Senado, estaria usando a indicação do ex-ministro André Mendonça como moeda para negociar com o governo buscando cacifar-se para a eleição de 2022 como candidato a governador, a reeleição ao Senado, ou o plano C, que será tentar uma eleição para a Câmara dos Deputados pelo Amapá, dependendo do cenário. Alcolumbre quer a liberação de obras para estradas, indicação de um nome para um ministério, e oferece outro trunfo: garante ter condições de negociar um relatório mais brando com os senadores bandidos que comandam a CPI da Pandemia, em troca da indicação de um outro nome para o STF, em substituição a André Mendonça. Naturalmente esta proposta recebeu como resposta de Jair Bolsonaro, um palavrão impublicável. Certamente, por essa proposta, surgiria um nome para o STF afinado com os bandidos que desejam indicá-lo. O ex-senador Magno Malta, que mantém excelentes contatos em Brasília, confirma essa sequência. A história pareceria improvável, não se tratasse de Brasília, e dos Senadores que temos.

União desembolsou R$ 649,6 milhões para cobrir calotes dos estados

Relatório da de Garantias Honradas pela União divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional aponta o desembolso em setembro, de R$ 649,6 milhões, para cobrir a inadimplência dos estados do Rio de Janeiro (475,5 milhões), Goiás (77,7 milhões),Minas Gerais (75,2 milhões) e Amapá (4,9 milhões). A União está impedida, por decisões liminares do STF, de executar as contragarantias ou bloqueio de diversos estados, inclusive o Rio Grande do Sul. O município de Novo Hamburgo (RS) figura no relatório, como impedido de contratar empréstimos com garantia federal, por atrasos de suas obrigações.

Linha direta

Perguntado pela imprensa em Guarujá (SP) no sábado, sobre a extensão da crise hídrica, o presidente Jair Bolsonaro, percebeu que tentam colar na sua imagem a falta de chuvas, e deu a resposta no mesmo tom:Já liguei para São Pedro sobre isso aí.”

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