Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2016
Eles estão por toda a parte. Distribuídos no solo, em cosméticos, nos agrotóxicos, no lençol freático e, portanto, na água e nos alimentos que comemos. A exposição aos metais tóxicos é cada vez mais frequente, conforme assinala a médica homeopata Gina Goulart. Especialista em medicina integrativa, ela afirma que os metais tóxicos mais encontrados são alumínio, arsênico, cádmio, chumbo, mercúrio e níquel. Segundo a especialista, o alumínio pode estar presente na farinha de trigo refinada, em desodorantes, nos pesticidas e nos herbicidas. O arsênico tem origem principalmente nos agrotóxicos, em detritos da metalurgia e de combustíveis. E o cádmio vem do cigarro, da indústria do aço e de soldas.
As baterias de carros, os combustíveis, as tintas de cabelo e a poluição do ar contêm chumbo. Já o mercúrio, explica a médica, está presente nas amálgamas dentários, em derivados de petróleo, no lençol freático atingido por garimpos (que, consequentemente, afetam os peixes). Por fim, o níquel, que é encontrado em baterias, em soldas e em cosméticos.
Prejuízo às reações enzimáticas.
O acúmulo de metais tóxicos no nosso corpo prejudica as reações enzimáticas, comprometendo as vias metabólicas e, consequentemente, deixando o funcionamento do organismo mais lento. “É como se as engrenagens do metabolismo ficassem sem lubrificação. E é o metabolismo que promove as trocas de energia do nosso corpo, as catabólicas, para quebrar ou eliminar substâncias, além de promover o emagrecimento, e as anabólicas, para construir e aumentar o nível de músculos, por exemplo”, explica.
De acordo com a homeopata, se o metabolismo funciona com mais dificuldade, o sistema perde energia e, neste processo, entre os tecidos mais atingidos estão os dos sistemas neurológico e hepático. “Existe um tecido ao redor de nossas células que permite a conexão entre elas. Ele é formado basicamente de colágeno e é a matriz extracelular, fundamental para a troca de nutrientes entre as células. E é justamente aí que os metais tóxicos podem se acumular, dificultando o processo da nutrição celular, que nada mais é que a energia, o metabolismo do nosso corpo”, expõe a especialista.
Solução: alimentos orgânicos.
Ela alerta que a melhor opção para evitar o acúmulo de metais no corpo é eliminar da dieta (ou ao menos diminuir) o consumo de alimentos que contenham agrotóxicos, dando preferência aos de origem orgânica. (Ana Paula Scinocca/AE)