Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2021
Já há muito que se fala no desaparecimento inevitável do Flash, uma das mais populares tecnologias utilizada em websites das últimas décadas. O Flash Player já não tem mais suporte pela Adobe, passando a apresentar-se como uma possível vulnerabilidade no teu sistema.
Ainda que a Adobe apenas comece a bloquear os conteúdos Flash a partir do dia 12 de janeiro, muitos browsers já começaram a tomar a iniciativa e já bloqueiam estes conteúdos. Assim, após longos anos de muito sucesso, o Flash desaparece oficialmente com o final de 2020, após ter sido lançado originalmente em 1996.
Durante muitos anos, grande parte dos sites utilizavam Flash para muitas das suas secções. Foram também muitos os sites de entretenimento que colocavam à disposição jogos que funcionavam diretamente no browser, como por exemplo o MiniClip. Na altura do lançamento do iPhone, Steve Jobs criticou de forma pesada a tecnologia Flash, recusando-se a integrar a mesma no smartphone da Apple.
Ainda assim, a tecnologia continuou a ser utilizada em computadores e também dispositivos Android. No entanto, uma série de vulnerabilidades acabou por comprometer seriamente a segurança dos utilizadores. Não conseguindo garantir a segurança dos utilizadores enquanto desfrutavam de conteúdo Flash, a Adobe começou a recomendar em 2015 que os programadores optassem pela utilização de HTML 5. Desde então, era apenas uma questão de tempo até que o Flash acabasse por desaparecer em definitivo.
O HTML5, além de já ser um concorrente direto, é um sistema mais leve e que permite a fácil manipulação dos elementos de áudio e vídeo sem a necessidade de plugins, como o próprio software da Adobe. Grandes plataformas que trabalham com imagens, como o YouTube, já migraram para o HTML5 antes mesmo do anúncio do fim do Flash Player.
Outras ferramentas que trabalham layout e visual, como CSS e Adobe Animate, também tendem a ocupar o espaço do Flash Player. O JavaScript, uma linguagem de programação, também gera informação visual, além de imagens em 3D e animações, e é popular nas versões para celular.
Na prática, o usuário final será pouco impactado. Isso se dá porque os desenvolvedores e companhias tiveram mais de dois anos desde o anúncio da Adobe para adaptarem suas aplicações. Empresas como Apple, Google e Microsoft estão dando suporte para a transição do Flash Player para outras plataformas, justamente com o objetivo de não afetar o consumidor. Na verdade, caso o usuário esteja usando navegadores em sistemas atualizados, é possível que ele nem se dê conta que o Flash Player “morreu”.
Enquanto isso, desenvolvedores podem ficar aliviados, uma vez que o Flash Player era alvo de ataques e, por isso, as aplicações exigiam constantes atualizações. O internauta só irá perceber que a ferramenta deixou de ser usada, no máximo, se acessar algum site na web que não esteja atualizado. A única consequência será de que o navegador não conseguirá carregar a página em questão.