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Saúde O Brasil bateu recorde com mais de 400 mortes por coronavírus em 24 horas. O total de óbitos já passa dos 3 mil

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O ministro da Saúde, Nelson Teich, durante coletiva.

Foto: Reprodução/Twitter
Teich ficou 28 dias no cargo e deixou posto após divergências com Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Twitter)

O Brasil registrou nesta quinta (23) um novo recorde de mortes por coronavírus, com 407 novos registros nas últimas 24 horas. O aumento ocorre enquanto Estados começam a discutir o afrouxamento do isolamento social. O ministro Nelson Teich (Saúde) disse que não é possível afirmar se os dados representam um novo patamar do impacto da Covid-19 no país.

Até então, o maior número de óbitos registrado em apenas um dia havia sido de 217, em 17 de abril. Com os novos dados, o Brasil já soma 3.313 mortes por coronavírus. A primeira morte foi registrada no dia 17 de março. No dia anterior, o Ministério da Saúde havia divulgado 165 novas mortes (e um total de 2.906 óbitos).

Para Teich, serão necessários alguns dias para se ter uma real dimensão da situação. “Tivemos um aumento nos óbitos acima do que vinha acontecendo anteriormente. Não sabemos se isso representa um esforço de fechar diagnóstico ou se representa linha de tendência de aumento”, disse.

O ministro, diante dos números, fez um alerta. “Se for uma linha de tendência de aumento, os números dos próximos dias vão aumentar cada vez mais”, afirmou. “Temos de ver nos próximos dois dias o que vai acontecer.”

Horas após a fala do ministro, a pasta divulgou dados que mostram um possível represamento no processamento dos casos.

Segundo o ministério, o País soma 1.269 mortes ainda em investigação. A pasta diz ainda que, das 407 mortes registradas no boletim mais recente, 112 aconteceram nos últimos três dias e as demais foram anteriores a esse período.

Do total de novas mortes, mais da metade ocorreu no Estado de São Paulo —211, um novo recorde. ​São Paulo tem 16.740 casos confirmados da doença, distribuídos em 256 municípios.

Já no resto do País, são 49.492 casos confirmados — 3.735 novos casos em um dia.

O ministério, porém, tem informado que o número real de casos tende a ser maior, uma vez que só pacientes internados em hospitais fazem testes e há casos ainda à espera de confirmação.

Depois de São Paulo, o Rio de Janeiro é o segundo Estado mais afetado pela epidemia, com 6.172 casos e 530 mortes. Em seguida, estão Ceará (4.598), Pernambuco (3.519) e Amazonas (2.888). Outros Estados também registram avanço de casos.

Ao mesmo tempo, cresce a pressão do governo para que os critérios de isolamento sejam revistos.

Recentemente, alguns dos Estados mais afetados pelo novo coronavírus anunciaram a reabertura do comércio e a retomada de outras atividades econômicas.

No dia em que foi registrado o recorde de mortes, o ministro Teich evitou marcar um posicionamento em relação ao fim das políticas de distanciamento social, ao contrário do que vinha defendendo nos últimos dias.

Foi justamente a defesa de medidas de distanciamento social que colocou em choque o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

Nesta quinta (23), Teich voltou a frisar que avaliará propostas de uma flexibilização.

“Quando eu digo que vamos ter de mapear no dia a dia, e vai ter critérios e estratégias de saída, isso não quer dizer que vamos sair amanhã e que defenda isolamento ou não. Defendemos o que é melhor para a sociedade”, disse.

Uma das preocupações do presidente ao trocar de ministro e levar o oncologista para o comando da pasta era justamente a adoção de uma política sanitária que conciliasse a atividade econômica, a fim de preservar empregos e manter a economia mais aquecida.

“Se o melhor for o isolamento, é o que vai ser. Se eu puder flexibilizar, dando autonomia para as pessoas, uma vida melhor, e isso não vai influenciar na doença, é o que vou fazer”, disse o novo ministro.

“Não existe uma escolha de isolamento ou não, é isolamento na hora certa e flexibilização na hora certa”, afirmou durante entrevista no Palácio do Planalto.

As regras de afrouxamento de distanciamento social tem preocupado, por outro lado, gestores municipais de todo o País.

A FNP (Frente Nacional de Prefeitos) informou que enviará a uma carta na qual pedira um protocolo federal para orientar as cidades na retomada das atividades após o fim do isolamento social por causa do novo coronavírus.

Segundo o presidente da frente e prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette (PSB), a decisão foi tomada após reunião com prefeitos do País nesta quinta.
O grupo pede que seja apresentado, até o dia 30 de abril, um protocolo com orientações de como deve ser a retomada. O documento também será enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à PGR (Procuradoria-Geral da República). A Corte já definiu que Estados e municípios têm autonomia para tomar decisões.

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