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Geral O Brasil é tão perigoso quanto o Afeganistão, disse um político alemão

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"No Brasil, matam-se 50 mil pessoas por ano e participamos lá de uma Copa", afirmou Boris Palmer à Der Spiegel. (Foto: Reprodução)

Neste verão europeu, o Brasil não deixa de ser manchete na mídia alemã. Além do escândalo envolvendo o papel da Volks na ditadura militar do repatriamento de um famoso avião abandonado em Fortaleza, neste sábado (29), a revista Der Spiegel publicou uma entrevista em que o político do Partido Verde e prefeito da cidade de Tübingen, Boris Palmer, compara o Brasil ao Afeganistão.

Na entrevista sobre o livro do político verde em torno da difícil relação com o tema dos refugiados na Alemanha, Palmer considera a possibilidade de deportações de migrantes para o Afeganistão.

“No que tange o Afeganistão, há uma percepção de insegurança, transportada principalmente por imagens de atentados”, explicou o político à Spiegel, acrescentando que a avaliação não tem nada a ver com a probabilidade estatística de que “algo aconteça com alguém que seja deportado para lá”.

Para embasar a sua argumentação, Boris Palmer usou como comparação o Brasil, afirmando que no país 50 mil pessoas são assassinadas anualmente. “Mesmo assim nós participamos ali de um Campeonato Mundial de Futebol e ninguém falou que não podíamos voar para lá.”

Crise de refugiados

Com seus pedidos de uma política mais rígida em relação aos refugiados, Palmer foi motivo de bastante controvérsia dentro de seu próprio partido. A liderança do Partido Verde já se distanciou há muito do prefeito de Tübingen.

O político verde anunciou querer, futuramente, manter-se reservado quanto ao tema dos refugiados. “Com meu livro pretendo fechar esta fase de estressantes discussões”, explicou Palmer, revelando que “os últimos dois anos foram cansativos e desgastantes” e que ele teria mudado e que estaria mais humilde.

“Para mim ficou claro que eu me afastei de muitos correligionários e que não posso mais assumir funções importantes no Partido Verde”, disse Palmer em sua entrevista.

Segundo o político, a crise migratória dividiu a Alemanha. “A crise de refugiados tem o efeito de que as pessoas não podem mais falar umas com as outras, que evitam o tema, desvalorizando-se mutuamente, também na família e no círculo de amigos”, afirmou o prefeito de Tübingen à agência de notícias DPA.

Palmer disse que as pessoas devem voltar a conversar, defendendo que elas não devam somente considerar o seu ponto de vista como “legítimo”, mas também outros possivelmente contrários. Para o político verde, esse seria o principal objetivo de seu livro “Wir können nicht allen helfen” (“Não podemos ajudar a todos”) a ser lançado no dia 3 de agosto em Berlim.

Avião sequestrado

Há oito anos descansa no “cemitério” do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza (CE), um avião que está na história da Alemanha. E que agora voltará para casa. Um acordo judicial assinado em maio entre o governo alemão, a Infraero e a empresa brasileira TAF Linhas Aéreas deu posse aos alemães de um Boeing 737-200 que pertenceu à companhia Lufthansa. Em 1977, essa aeronave foi alvo de um sequestro com 91 pessoas a bordo, que durou cinco dias e assustou a Alemanha no auge das ameaças do grupo de extrema esquerda conhecido como Baader-Meinhof – três sequestradores e o piloto morreram.

O avião, pelo acordo, deverá ser retirado do aeroporto cearense até novembro, mas o governo alemão pretende fazer isso antes de outubro, quando se completará 40 anos do sequestro. A intenção é que ele fique exposto em um museu no país – não há uma definição de qual cidade o abrigará. (Deutsche Welle/Folhapress)

tags: Brasil

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https://www.osul.com.br/o-brasil-e-tao-perigoso-quanto-o-afeganistao-disse-um-politico-alemao/ O Brasil é tão perigoso quanto o Afeganistão, disse um político alemão 2017-07-29
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