Quinta-feira, 17 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 13 de março de 2021
O Brasil voltou na sexta-feira (12) a ser o segundo país do mundo com mais casos de Covid-19, de acordo com dados da universidade Johns Hopkins, superando a Índia e ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Após a atualização dos dados no site da universidade, no final de sábado (13), o Brasil chegou à marca de 11.439.558 casos, enquanto a Índia aparece com 11.333.728. Os Estados Unidos têm 29.397.804 casos.
O Brasil continua na segunda posição na lista de países com maior número de mortes pela doença, com 277.102, atrás dos Estados Unidos, com 534.277. Em terceiro lugar aparece o México, com 193.851, e a Índia está em quarto, com 158.446.
Se forem considerados os dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, no entanto, os números de casos e mortes no Brasil são ainda maiores dos que os registrados pela Johns Hopkins: no sábado (13), foram assinalados 11.439.250 casos e 277.216 mortes.
O Brasil se tornou o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo pela primeira vez em 22 de maio de 2020, quando atingiu 330.890 casos e ultrapassou a Rússia, que tinha 326.448. Naquela data, os Estados Unidos eram o único país a registrar mais de um milhão de casos, com 1.598.631.
No dia 7 de setembro, a Índia atingiu 4,2 milhões de casos e ultrapassou o Brasil no ranking, àquela altura com 4,13 milhões de pessoas contaminadas. Os Estados Unidos se mantinham em primeiro lugar, com mais de 6,4 milhões de diagnósticos positivos.
Uma dose
Pesquisadores da Escola de Medicina Icahn em Nova Iorque, nos Estados Unidos, desenvolveram um estudo publicado no periódico acadêmico New England Journal of Medicine apontando a eficácia da aplicação de uma dose das vacinas da Pfizer e da Moderna em pacientes que já tiveram covid-19.
O estudo, publicado na forma de carta e não como artigo revisado, analisou 110 participantes de um teste clínico, sendo que um grupo já havia tido diagnóstico positivo de covid-19 e outro que ainda não havia sido contaminada pelo vírus.
Os participantes que já haviam tido covid-19 desenvolveram mais rapidamente anticorpos com uma dose. Já os não infectados previamente tiveram baixa resposta na criação de anticorpos até o 12º dia depois da vacinação, a sua maioria após este período.
O desempenho dos previamente infectados foi superior também ao de pessoas que receberam duas doses das vacinas adotadas na pesquisa. Neste grupo, a aplicação da 2ª dose não revelou mudanças significativas no sistema imunológico contra o vírus.
Os pesquisadores também avaliaram os efeitos colaterais. Eles foram maiores nos participantes que já haviam contraído covid-19, mas em nenhum dos casos houve eventos adversos que levassem à hospitalização.
“Nós descobrimos que uma dose das vacinas gerou rápida resposta em participantes soropositivos [do novo coronavírus], com níveis de anticorpos similares ou superiores a participantes soronegativos que receberam duas doses. Mas se uma dose destas vacinas provê proteção efetiva em soropositivos ainda requer investigação”, concluem os autores.