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Política O Conselho da Petrobras avalia deixar a estatal junto com o presidente da empresa

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Maior parte dos conselheiros defende autonomia da empresa (Foto: Agência Brasil)

Integrantes do conselho de administração da Petrobras avaliam entregar o cargo com a saída do presidente Roberto Castello Branco da empresa, segundo fontes da cúpula da companhia que preferem não ter o nome revelado. Essa hipótese já estava posta, à medida que avançavam as ofensivas à gestão da companhia e ganhou força após a demissão do executivo ser anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro, na noite da última sexta-feira (19).

Uma das fontes argumenta que a interferência política do presidente da República na Petrobras vai contra o posicionamento da maioria do conselho, que defende a autonomia da empresa e liberdade para que possa definir livremente reajustes de preços dos combustíveis. “Quem ficar no conselho vai ter de responder à Comissão de Valores Mobiliários”, disse.

Embora a maioria dos membros do colegiado tenha sido indicada pelo governo federal, o perfil dos integrantes da cúpula da estatal é de alinhamento ao mercado financeiro.

O conselho da Petrobras é formado por 11 membros. Desse total, sete são eleitos pelo acionista controlador, a União. Há ainda uma representante dos empregados e outros três dos acionistas minoritários.

Os conselheiros da União, embora sejam indicados pelo governo, são independentes. A maioria do quadro fez carreira na iniciativa privada e tem experiência de participação em conselhos de administração de grandes empresas.

De todo quadro, os porta-vozes dos pequenos investidores em Bolsa são defensores explícitos, assim como Castello Branco, do livre mercado de combustíveis, com os preços oscilando no Brasil conforme as movimentações da cotação do petróleo no exterior.

Mais cedo, um dos representantes dos minoritários, Marcelo Mesquita, havia dito que “não tem motivo para trocar o presidente (Castello Branco)”. “Todos gostam muito do Roberto e têm dado muito apoio ao que ele vem fazendo na empresa”.

O colegiado tem reunião marcada para esta terça-feira (23), quando deveria ser votada a recondução de Castello Branco no comando da estatal por mais dois anos. Pelo estatuto da empresa, o prazo de gestão de um diretor não pode ultrapassar dois anos, mas são permitidas até três reeleições consecutivas. Os gestores podem, no entanto, serem destituídos a qualquer momento. Castello Branco assumiu o cargo em março de 2019 e deveria ser conduzido ao cargo no mês que vem.

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