Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2020
O Facebook afirmou em nota nesta sexta-feira (31) que irá recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que bloqueou contas de bolsonaristas na rede social fora do Brasil. Na véspera, o Twitter já havia declarado que também vai recorrer.
“Respeitamos as leis dos países em que atuamos. Estamos recorrendo ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão de bloqueio global de contas, considerando que a lei brasileira reconhece limites à sua jurisdição e a legitimidade de outras jurisdições”, disse o Facebook.
O Facebook, no entanto, disse que não vai comentar se realizará ou não o bloqueio das contas no exterior. Ao contrário, o Twitter informou que acatou a decisão.
Na quinta-feira (30), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, ampliou o alcance da decisão que determinou a exclusão de contas de aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, investigados por suposta disseminação de fake news nas redes sociais.
Foram bloqueados: Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente nacional do PTB; Luciano Hang, empresário; Edgard Corona, empresário; Otávio Fakhoury, empresário; Edson Salomão, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia; Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia; Bernardo Küster, blogueiro; Allan dos Santos, blogueiro; Winston Rodrigues Lima, militar da reserva; Reynaldo Bianchi Júnior, humorista; Enzo Leonardo Momenti, youtuber; Marcos Dominguez Bellizia, porta-voz do movimento Nas Ruas; Sara Giromini; Eduardo Fabris Portella; Marcelo Stachin; Rafael Moreno.
A exclusão das contas faz parte do inquérito das fake news, que apura ataques a ministros da Corte e disseminação de informações falsas e tem Alexandre de Moraes como relator. Quando as contas foram retiradas do ar pela primeira vez, todos os responsáveis pelos perfis negaram irregularidades e criticaram a decisão do Supremo.
O governo chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal para tentar reverter a decisão.
A medida de bloquear as contas internacionalmente foi tomada porque alguns dos investigados tentaram driblar a ordem do Supremo e mudaram as configurações de localização das contas para outros países para continuar a publicar mensagens.