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Mundo O novo governo argentino vai taxar em 20% os gastos em dólares no exterior

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O presidente da Argentina Alberto Fernández, ao lado da vice Cristina Kirchner. (Foto: Divulgação)

O novo governo argentino vai taxar em cerca de 30% gastos com produtos e serviços em dólar, como passagens aéreas de companhias estrangeiras, reservas de hotéis no exterior e mesmo plataformas digitais baseadas fora do país, como Spotify. A medida faz parte do projeto “solidariedade e reativação produtiva”, que o governo de Alberto Fernández prepara para estimular a economia em crise.

O plano foi confirmado pelo chefe de gabinete da Casa Rosada, Santiago Cafiero, em entrevista à Radio 10. No sábado, em entrevista ao jornal La Nación, Cafiero havia afirmado que o imposto seria de 20%.

“O imposto será de 30%, não de 20%. Tem uma lógica distributiva”, disse Cafiero à emissora de rádio argentina.

A ideia é implementar oficialmente o imposto antes do fim do ano. O objetivo é frear a saída de divisa estrangeira da economia argentina, que sofre com um câmbio desvalorizado.

O principal alvo do tributo são os argentinos que viajam ao exterior.

“Com isso, buscamos preservar os dólares que circulam na economia argentina e reativar a indústria turística local. A medida persegue uma lógica distributiva. Os segmentos que têm a capacidade de fazer viagens ao exterior vão pagar esse imposto”, disse Cafiero ao La Nación.

Conhecido como “dólar turista” ou “dólar cartão”, o imposto é semelhante àquele implementado em 2013 por Cristina Kirchner, hoje vice de Fernández. Naquela ocasião, o imposto surgiu com alíquota de 20%, mas taxa acabou sendo elevada para 35%.

Exportações agrícolas

Alberto Fernández, que tomou posse na última semana, anunciou neste sábado (14) um aumento das tarifas sobre as exportações agrícolas. A medida, que consta de decreto, é a primeira ação na área econômica do novo governo peronista e visa a estabilizar os preços dos alimentos no mercado argentino, bem como elevar a arrecadação nacional em meio à crise.

De todo o trigo que o Brasil importa, a Argentina é o principal fornecedor. A medida, portanto, pode ter impacto sobre os preços de derivados do trigo, como pão e macarrão, no mercado brasileiro. Mas ainda é cedo para dimensionar o efeito, segundo analistas, pois o Brasil poderia redirecionar suas compras para outros países, como EUA e Canadá, que também são grandes produtores do grão.

O consumo total de trigo entre 2017 e 2018 no Brasil foi de 11,3 milhões de toneladas, sendo que 54% foram importados, segundo dados do Sindustrigo, sindicato do setor. Mais de 80% de todo o trigo que o Brasil importa vêm da Argentina, de acordo com a Abitrigo, que representa a indústria de moagem nacional. Logo, as importações argentinas representam cerca de 40% do consumo nacional.

Por ora, ainda é cedo para projetar aumento de preços dos produtos cuja base é o trigo”, explica Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil e sócio da Consultoria Barral M Jorge.

O Brasil, numa redução das importações argentinas, tem canal de compra com Estados Unidos e Canadá. Mas é possível que, por conta do frete, haja algum impacto nos preços.

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https://www.osul.com.br/o-governo-de-fernandez-e-de-kirchner-na-argentina-vai-taxar-em-20-gastos-em-dolares-no-exterior/ O novo governo argentino vai taxar em 20% os gastos em dólares no exterior 2019-12-15
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