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Brasil O governo federal prorroga até novembro o uso das Forças Armadas no combate a queimadas na Amazônia

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Alertas feitos pelo sistema Deter indicam a perda de 1.034,4 km² da floresta no mês de junho. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O governo federal prorrogou até novembro deste ano o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na faixa de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos Estados da Amazônia Legal.

Segundo informações do governo, em quase um mês da operação, foi realizada inspeção em mais de 1,9 mil embarcações, sendo que 105 foram apreendidas. Além disso, quatro mil veículos foram vistoriados e 108 retidos por irregularidades. Quase 14 mil metros cúbicos de madeira ilegal foram confiscados e mais de R$ 99 milhões de multas ambientais foram aplicadas. Em carta a Mourão, empresários defendem combate ao desmatamento ilegal na Amazônia

As ações da operação ocorrem em faixas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas federais da Amazônia Legal. A Verde Brasil é coordenada pela Vice-Presidência da República, em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública. A missão começou em 11 de maio, com foco em ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal.

Ainda participam da missão integrantes da Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

Desmatamento

O desmatamento da Amazônia manteve o ritmo de alta no mês de junho, mesmo com uma ação de militares na região desde maio e com a pressão que vem sendo feita por investidores estrangeiros para que o governo controle o problema.

Alertas feitos pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam a perda de 1.034,4 km² no mês de junho, alta de 10,65% em relação a junho do ano passado, quando os alertas apontaram desmate de 934,81 km². Em apenas um mês, foram derrubados na Amazônia o equivalente à área da cidade de Belém (Pará).

É o mês de junho com maior devastação dos últimos cinco anos. São 14 meses consecutivos de alta no corte da floresta em relação aos mesmos meses do ano anterior. No acumulado desde agosto (quando se inicia o calendário anual para fins de detecção do que ocorre na floresta), o Deter indica a devastação de 7.566 km², ante 4.589 km² no período de agosto de 2018 a junho de 2019. O aumento é de 65%.

A Amazônia está na estação seca, justamente quando o desmatamento se intensifica. No início de maio, o presidente Jair Bolsonaro decretou uma nova Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para atuar na região na chamada Operação Verde Brasil 2. Fiscais do Ibama foram subordinados aos militares na hora de decidir as ações. Foi previsto o investimento de R$ 60 milhões, mas como revelou o Estadão, apenas 0,7% disso já foi usado.

Ministro confunde bioma

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que a Amazônia “tem 87% de Mata Atlântica” durante uma entrevista concedida ao canal CNN Brasil. O genro de Silvio Santos acabou se tornando assunto nas redes sociais.

Em meio às pressões sobre o governo por causa das altas taxas de desmatamento na Amazônia, o ministro defendia a política ambiental do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (10/7), apontam que a degradação na Amazônia Legal aumentou 64% de agosto de 2019 a junho de 2020. Foram 7.540km² de desmatamento ante 4.589km² entre agosto de 2018 e junho de 2019.

Em entrevista, o ministro afirma que “se você chegar em Manaus e pousar, e se você quiser pedir um avião: ‘Ah, eu quero aqui ver a Mata Atlântica’. Você fica ali três horas sem parar vendo Mata Atlântica atrás de Mata Atlântica”.

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https://www.osul.com.br/o-governo-federal-prorroga-ate-novembro-o-uso-das-forcas-armadas-no-combate-a-queimadas-na-amazonia/ O governo federal prorroga até novembro o uso das Forças Armadas no combate a queimadas na Amazônia 2020-07-11
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