Quarta-feira, 01 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2020
O governo federal prepara um concurso com cerca de duas mil vagas para a PF (Polícia Federal). A informação foi dada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, em entrevista ao programa “Pingos nos Is”, da Rádio Jovem Pan, na última sexta-feira (31). No entanto, não foi informada a previsão de publicação do edital.
“A partir de uma reunião que tivemos essa semana, eu, o presidente da República e o ministro Paulo Guedes estamos preparando os trâmites internos para abrir um concurso com cerca de 2 mil vagas para a Polícia Federal. Teremos o maior efetivo da história da Polícia Federal, justamente para o combate à criminalidade organizada”, afirmou André Mendonça.
Os cargos disponíveis também não foram informados. Mas a distribuição geográfica das vagas pode ser prevista por outro momento da fala do ministro. “Queremos melhorar a nossa atuação nas regiões de fronteira e na região da Amazônia Legal, para atuar no combate ao desflorestamento e à criminalidade ambiental”, apontou.
Escritório de advocacia de Bolsonaro
O ministro também afirmou durante a entrevista que não concorda com as críticas feitas à pasta sobre atuar como um “escritório de advocacia” do presidente Jair Bolsonaro. “Se houver alguma divulgação em que o presidente se sinta vítima de injúria, difamação, calúnia, ele tem o direito de se sentir ofendido”, disse o ministro. Segundo ele, a Lei de Segurança Nacional compete ao Ministério da Justiça a requisição da apuração dos fatos. O ministro ainda disse que recebe com “naturalidade” este tipo de crítica.
Mendonça também comentou as críticas do procurador-geral da República, Augusto Aras, à Lava-Jato e disse que a operação foi um “marco histórico da sociedade brasileira” e que os “eventuais equívocos” da operação não podem desqualificá-la. “A Lava-Jato trouxe à luz uma corrupção sistêmica, e esses sim são os verdadeiros atos antidemocráticos praticados contra a sociedade brasileira. Nós estamos buscando a construção do estado democrático de direito e também temos que avaliar eventuais ajustes que podem ser feitos. Se erros ocorrem, precisam ser sanados”, concluiu.
Processo seletivo
No final do mês de julho, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), informou a abertura de um processo seletivo para contratação de especialistas que irão compor a equipe de implantação do Projeto Piloto do Centro de Excelência sobre a Redução da Oferta de Drogas (CdE).
O projeto faz parte de parceria com o UNODC, no âmbito do Acoordo de Cooperação Técnica Internacional BRA/15/009, firmado com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). As vagas disponíveis são para exercer a função de: Especialista em Gestão de Ativos e Inteligência Financeira; Especialista em Tráfico de Drogas e Ilícitos Transnacionais; e Coordenador(a) do projeto de cooperação técnica.
Segundo o ministério, o CdE vai instrumentalizar a Senad na elaboração de estudos e análises sobre tendências e ameaças representadas pelos diferentes tipos de tráficos de ilícitos e crime organizado transnacional, incluindo fluxos financeiros e do confisco de patrimônios, bem como trabalhar na divulgação dessas informações para parceiros governamentais, da sociedade civil e da imprensa nacional e internacional.
O Processo seletivo será conduzido pelo UNODC, com participação da Senad e a modalidade e nível contratual segue o valor da tabela de remuneração de contrato de serviço para o Brasil do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. As informações são do jornal Extra, da Rádio Jovem Pan e do Ministério da Justiça.