Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de junho de 2019
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (27) que o BC (Banco Central) deve seguir reduzindo a alíquota de recolhimento de depósitos compulsórios em mais de R$ 100 bilhões. A medida deve ampliar o acesso ao crédito no País. As informações são da Agência Brasil e da agência de notícias Reuters.
“Estamos fazendo a desestatização do mercado de crédito, despedalando os bancos públicos. Ontem (26) já houve a liberação de mais de R$ 20 bilhões de recolhimento compulsório, para ampliar o crédito privado, e vem aí mais de R$ 100 bilhões de liberação de compulsório mais à frente”, anunciou o ministro após se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em Brasília.
Alíquota
Na quarta-feira (26), o BC decidiu reduzir a alíquota do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo em dois pontos percentuais, de 33% para 31%. A alteração, que terá efeito a partir do mês que vem, vai destravar R$ 16,1 bilhões. O compulsório é a parcela dos depósitos que os bancos são obrigados a manter em uma conta no Banco Central, e representa uma das ferramentas da autoridade monetária para regular a quantidade de dinheiro em circulação na economia. Por meio do compulsório, o BC garante que os juros das instituições financeiras estejam alinhados com a taxa Selic, juros básicos da economia. Ao reduzir a alíquota, a autoridade monetária libera mais recursos para serem emprestados.
Sem definições
O Banco Central esclareceu nesta quinta-feira não há “definições de prazos ou montantes” sobre reduções no recolhimento de depósito compulsório dos bancos, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que haverá liberação de mais de 100 bilhões de reais desses recursos para ampliar o crédito privado.
“O BC não antecipa decisões ou regulações”, afirmou a autoridade monetária em nota publicada em seu site.
Na prática, o menor recolhimento de compulsório dá amparo para que os bancos possam emprestar maior parcela das suas reservas, o que poderia movimentar a economia, se houver demanda para isso.
Mais cedo, Guedes havia feito o comentário depois se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A jornalistas, o ministro demonstrou otimismo sobre as negociações com o Legislativo em torno da reforma da Previdência.
Citando medidas em discussão e propostas para destravar a economia, Guedes afirmou que os avanços têm acontecido em “ótimo” ritmo.