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Brasil O juiz Sérgio Moro decretou a quebra do sigilo dos e-mails que Aldemir Bendine usou no período em que presidiu a Petrobras

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Aldemir Bendine foi preso temporariamente pela Polícia Federal em nova fase da Operação Lava-Jato. (Foto: ABr)

O juiz federal Sérgio Moro decretou a quebra do sigilo do e-mail funcional que Aldemir Bendine usou no período em que presidiu a Petrobras. A decisão atende a pedido do Ministério Público Federal. Ex-presidente da estatal e também do Banco do Brasil, Bendine foi preso temporariamente pela Polícia Federal em nova fase da Operação Lava-Jato. Ele é suspeito de receber R$ 3 milhões em propina da Odebrecht em razão de sua atuação na Petrobras.

“O endereço eletrônico funcional do representado pode conter informações de grande relevância para a investigação”, afirmou o Ministério Público Federal no pedido a Moro.

Ao ordenar a quebra de sigilo do e-mail funcional de Bendine, o juiz da Lava-Jato mandou expedir um ofício à Petrobras, “a ser entregue pela autoridade policial ou pelo Ministério Público Federal aos advogados que a representam nesta Vara, após a deflagração da fase ostensiva da investigação”.

Os procuradores apontam que às vésperas de assumir a presidência da Petrobras, em fevereiro de 2015, Bendine e um de seus operadores financeiros solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e ao executivo da construtora Fernando Reis. O pedido teria sido feito para que o grupo empresarial Odebrecht não fosse prejudicado na estatal e também em relação às consequências da Lava-Jato.
Segundo delação premiada de executivos da Odebrecht, a construtora optou por pagar a propina de R$ 3 milhões com receio de ser prejudicada na estatal petrolífera.

O valor teria sido repassado em três parcelas em espécie, no valor de R$ 1 milhão cada. Esses pagamentos teriam sido realizados no ano de 2015, nas datas de 17 e 24 de junho e 1.º de julho, pelo Setor de Operações Estruturadas.

Quem é Bendine
Em 209 anos de Banco do Brasil, Bendine foi um dos presidentes mais longevos no cargo. Ficou no comando do banco estatal de 23 de abril de 2009 a 6 de fevereiro de 2015. Ele só perde para Nestor Jost, que ficou na cadeira de 1967 a 1974.

No cargo de presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine visitava o ex-presidente Lula quase todas as sextas-feiras no Instituto Lula, em São Paulo.

Em 2015, Bendine se transformou no braço direito da então presidente Dilma Rousseff. Ele havia deixado o banco com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava-Jato. Mas, segundo delatores da Odebrecht, Bendine já cobrava propina no Banco do Brasil e continuou cobrando na Petrobras.

Segundo as investigações, Bendine usava o nome de Dilma em negociações, mas a polícia não encontrou nenhum indício de envolvimento da ex-presidente nesse esquema.

Atualmente ele recebe uma aposentadoria de R$ 62 mil por mês paga pela Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

Bendine foi preso pela Operação Lava-Jato e está na Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, onde prestará depoimento na segunda-feira.

Defesa
Os advogados do ex-presidente da Petrobras já contestaram a prisão decretada por Moro. A defesa chegou a pedir que o juiz “reconsiderasse” a ordem de prisão. Procurado ontem à noite para comentar o quebra de sigilo de e-mail, o advogado de Bendine, Pierpaolo Bottini, não foi localizado.

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