Quarta-feira, 08 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2020
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a pasta analisa a distribuição do chamado “Kit covid” no âmbito do programa Farmácia Popular. O “kit” é composto por cloroquina, ivermectina e azitromicina. Em entrevista após sua posse, nesta quarta-feira (16), o ministro falou que o tema está em discussão.
“Isso tá sendo discutido também no programa “Aqui tem Farmácia Popular”. Não só cloroquina, todos os medicamentos do kit covid estão sendo discutidos para distribuir na farmácia popular”, disse.
A discussão interna do ministério a respeito da inclusão desses medicamentos nas farmácias populares foi revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
Pazuello comentou ainda sobre a vacina contra a covid-19. Ele reafirmou que o governo espera a vacina de Oxford para janeiro do ano que vem e citou a possibilidade de recebê-la ainda antes.
“Esse é o nosso cronograma, é o que foi assinado. A nossa proposta é que haja ajuste no calendário positivamente, é uma proposta, está escrita dessa forma”, disse. “O cronograma assinado é a partir de janeiro, com possibilidade de antecipar caso os testes e a conclusão da vacina sejam antecipados.”
Pazuello afirmou ainda que o ministério terá uma ordem de prioridade na vacinação, mas que a sequência ainda não foi definida. O ministro lembrou que o Brasil tem expertise na área.
“Não tem nada pronto ainda, mas eu adianto ainda que o plano nacional de imunização (PNI) é uma expertise do nosso país. Nós temos o maior plano de imunização do mundo em termo de área abrangida e efetivo”, explicou.
Questionado se existia a possibilidade de vacinar os estudantes para as retomadas das aulas, Pazuello afirmou que espera que até janeiro as escolas já tenham voltado a funcionar.
Posse
Durante seu discurso de posse, Pazuello defendeu o tratamento precoce e disse que não é para ficar em casa “esperando falta de ar”. O ministro falou ainda que a pasta avalia diversas possibilidades de vacina. Pazuello afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) não entrou em colapso devido à pandemia e descartou a possibilidade que isso aconteça.
Segundo ele, “não era o melhor remédio o ‘fique em casa’ “, em alusão ao mote da gestão de Luiz Henrique Mandetta.
“O aprendizado ao longo da pandemia nos mostrou que quanto mais cedo atendermos os pacientes, melhores são suas chances de recuperação. O tratamento precoce salva vidas. Por isso, temos falado dia após dia: não fique em casa esperando falta de ar. Não espere. Procure um médico já nos primeiros sintomas”, afirmou, sendo interrompido com palmas ao falar do tratamento precoce.