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Geral O ministro da Economia diz que havia resistência dentro do governo para avançar com as privatizações

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A equipe econômica não conta com grandes avanços na pauta até o início de fevereiro. (Foto: Alan Santos/PR)

Depois de acusar parlamentares de articularem um acordo para bloquear o programa de privatizações, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que havia resistência também dentro do governo à venda de estatais.

As privatizações não andaram, e eu estou convencido hoje, porque havia um acordo político de centro-esquerda para não pautar. E dentro do governo também alguma resistência, em alguns ministérios. Todo ministro gosta de uma empresa que está embaixo do ministério dele. Alguns ministros nossos, no início não compreenderam a importância do programa de privatizações para derrubar a dívida/PIB”, disse o ministro, durante evento on-line da Câmara Internacional de Comércio.

Sem detalhar que ministros seriam contra as privatizações, Guedes afirmou que a resistência entre os colegas de Esplanada foi vencida: “Agora todo mundo entendeu a importância crucial da privatização.”

No início do governo, o então ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, apresentava resistência à venda dos Correios. A pasta foi desmembrada, e o processo de desestatização ficou sob coordenação de Fabio Faria, ministro de Comunicações.

A acusação de que há um acordo no Congresso para bloquear desestatizações tem sido repetida pelo ministro nos últimos meses. No fim de setembro, ele direcionou a crítica diretamente ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que rebateu afirmando que Guedes estava “desequilibrado”.

A afirmação nesta segunda foi dada como resposta do ministro às avaliações de analistas que apontam promessas não entregues pela pasta, como a abertura comercial, as privatizações e a reforma tributária.

As coisas são entregues. Agora, tem a política. E a política às vezes anda, às vezes não anda. Às vezes bloqueia. Atrasou um pouco a administrativa, perturbou bastante a tributária. Impediu as privatizações”, afirmou o ministro.

Guedes classificou de “narrativas” as críticas à agenda e afirmou que a equipe não pode “ficar o dia inteiro” explicando as ações da pasta: “As narrativas de mídia (de que) não tem projeto, é narrativa. Qualquer pessoa que vier aqui e se informar conosco vai entender que nós temos. Agora, nós estamos trabalhando. Não podemos ficar o dia inteiro explicando o que nós estamos fazendo.”

Sobre as críticas à demora com em relação ao processo de abertura comercial, o ministro afirmou que sua equipe é de liberais, mas “não são trouxas”, ao afirmar que o processo não pode ser feito de forma abrupta. “Nós somos liberais, mas não somos trouxas. Não vamos chegar agora e abrir a economia brasileira de uma vez só e pegar todo mundo de surpresa”, disse o ministro, ao relatar conversa com industriais que teve no início do governo, em 2019.

Segundo Guedes, não é possível fazer o processo rapidamente porque o Brasil ainda não tem um ambiente de negócios competitivo, com um sistema tributário complexo que costuma chamar de “manicômio”.

Guedes admitiu, no entanto, que o plano de reduzir gradativamente as barreiras tarifárias não funcionou. Ele afirmou que há possibilidade de acelerar o processo, caso a reforma tributária avance. “Não fizemos nem o 1% inicial. Falha nossa também. Da mesma forma que não conseguimos avançar nas privatizações. Agora, assim que fizer a reforma tributária cobramos o 1%, com o 2% já”, afirmou. As informações são do jornal O Globo.

 

 

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