Quinta-feira, 14 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2018
O papa Francisco pediu neste domingo (01) o fim do “extermínio” na Síria e defendeu a reconciliação na Terra Santa, em referência aos confrontos letais de sexta-feira na fronteira entre Israel e Gaza.
Em sua tradicional mensagem Urbi et Orbi no domingo de Páscoa na basílica de São Padro, o pontífice pediu o “fim imediato do extermínio” na Síria e o “respeito ao direito humanitário” para permitir o acesso à ajuda. “Invocamos frutos de reconciliação para a Terra Santa, que nestes dias também está sendo afetada por conflitos abertos que não respeitam os indefesos”, disse.
A mensagem também incluiu uma referência à península da Coreia, que vive um processo de distensão após dois anos de escalada da tensão provocada pelos testes nucleares e balísticos da Coreia do Norte. “Que os que têm responsabilidades diretas atuem com sabedoria e discernimento para promover o bem do povo coreano e para gerar confiança na comunidade internacional”, afirmou o papa.
Ao falar sobre o Iêmen, país devastado por três anos de guerra, também pediu “diálogo e respeito mútuo”. Francisco também citou a Venezuela, país ao qual desejou uma saída “justa, pacífica e humana” para a crise política e humanitária. “Suplicamos frutos de consolação para o povo venezuelano, que – como escreveram seus pastores – vive em uma espécie de ‘terra estrangeira’ em seu próprio país”, afirmou o pontífice.
Ele desejou que pela “força da ressurreição do Senhor Jesus, encontre a via justa, pacífica e humana para sair o quanto antes da crise política e humanitária que o oprime, e não faltem a acolhida e assistência a quantos entre seus filhos que estão obrigados a abandonar sua pátria”.
Lava-Pés
O papa Francisco celebrou na quinta-feira (29) a tradicional missa de Lava-Pés em uma penitenciária de Roma (Itália), durante a qual se ajoelhou perante 12 detentos, incluindo muçulmanos, e disse ser tão “pecador” quanto eles. As informações são das agências de notícias Ansa e Reuters.
Essa foi a quarta vez que Jorge Bergoglio realizou a homilia “In coena Domini” em uma cadeia desde o início de seu pontificado, em 2013. Ao todo, o papa lavou os pés de quatro italianos, dois filipinos, dois marroquinos, um moldavo, um colombiano, um nigeriano e um leonês.
Oito deles são católicos; dois, muçulmanos; um, ortodoxo; e um, budista. “Eu sou pecador como vocês, mas hoje represento Jesus, sou embaixador de Jesus. Quando eu me ajoelhar perante cada um de vocês, pensem: ‘Jesus se arriscou neste homem, um pecador, para vir até mim e dizer que me ama’”, afirmou Francisco, durante a missa na penitenciária Regina Coeli, e maior de Roma e situada a dois quilômetros do Vaticano.
“Quem comanda deve servir, o seu líder deve ser seu servidor”, acrescentou o Pontífice. Além disso, ele afirmou que “todos têm a oportunidade de mudar de vida”. “É necessário sempre um olhar que abra à esperança. Não se pode conceber uma penitenciária como essa sem esperança. Os hóspedes estão aqui para aprender, para fazer crescer a esperança”, disse.