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Brasil O presidente Michel Temer disse que o “vazamento” de vídeos do doleiro Lúcio Funaro busca “constranger” deputados que votarão contra a denúncia

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Doleiro afirmou ao MPF que Temer solicitou, por meio de Eduardo Cunha, doações para candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A defesa do presidente Michel Temer divulgou uma nota neste sábado (14) afirmando que o vazamento dos vídeos com depoimentos do doleiro Lúcio Funaro à PGR (Procuradoria-Geral da República) “constitui mais um abjeto golpe ao Estado Democrático de Direito”.

Foram divulgados na sexta-feira (13) trechos das gravações dos depoimentos da delação premiada de Funaro. Em um deles, o operador financeiro faz acusações sobre a existência de um suposto esquema de propina envolvendo o presidente Michel Temer, aliados dele e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os vídeos foram divulgados no site do jornal “Folha de S.Paulo”.

A nota, assinada por Eduardo Pizarro Carnelós, advogado de Temer, afirma que o vazamento “tem o claro propósito de causar estardalhaço com a divulgação pela mídia como forma de constranger parlamentares que, na CCJC [Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania] da Câmara dos Deputados, votarão no dia 18 o muito bem fundamentado parecer do relator, deputado Bonifácio de Andrada, cuja conclusão é pela rejeição ao pedido de autorização para dar sequência à denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer pelo ex-procurador-geral da República”

Os depoimentos de Funaro foram usados pela Procuradoria-Geral da República na denúncia apresentada por obstrução de Justiça e organização criminosa apresentada contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

A avaliação no governo é de que, apesar do conteúdo já ter sido usado para a elaboração da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, a imagem de Funaro relatando o esquema da cúpula do PMDB da Câmara terá impacto na opinião pública e será explorado pela oposição na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Funaro, apontado como operador do PMDB, conta ainda nos vídeos os motivos de ter ido ao escritório do advogado José Yunes, amigo de longa data e ex-assessor do presidente Temer, para pegar R$ 1 milhão, que teriam de ser entregues ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, em Salvador (BA).

“O que eu soube, pelos fatos que vivenciei, foi que em 2014, o Geddel me ligou e me informou que tinha um dinheiro que ele precisava retirar em São Paulo, oriundo da Odebrecht. E que precisava que esse dinheiro fosse levado pra Salvador. E me perguntou se eu podia fazer esse favor pra ele. E eu respondi que podia fazer esse favor pra ele, que não teria problema nenhum”, disse o doleiro à PGR.

Em outro depoimento, também em vídeo, Funaro fala sobre a atuação do deputado cassado Eduardo Cunha, a quem era muito ligado. Funaro conta que o peemedebista era uma espécie de “banco” para os corruptos. O doleiro, que está preso desde junho de 2016, fechou acordo de delação, que foi homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Ainda em sua delação, Funaro conta que o então vice-presidente Michel Temer estava “empenhado” para eleger Gabriel Chalita prefeito de São Paulo, em 2012. Nos relatos registrados em vídeos, o doleiro citou pagamento de propina, pedido de apoio feito por Temer e o empréstimo de seu helicóptero pessoal para campanha de Chalita.

Segundo Funaro conta nos vídeos, Temer estava “empenhado” na tentativa de eleger Chalita, à época no PMDB, prefeito de São Paulo. Funaro relatou que pediu ao empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, que controla o frigorífico JBS, a doação de R$ 3 milhões a campanha de Chalita. De acordo com o doleiro, o repasse foi descontado da “conta corrente” que ele mantinha junto a Joesley, relacionada a operação ilícitas.

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https://www.osul.com.br/o-presidente-michel-temer-diz-que-o-vazamento-de-videos-do-doleiro-lucio-funaro-busca-constranger-deputados-que-votarao-denuncia/ O presidente Michel Temer disse que o “vazamento” de vídeos do doleiro Lúcio Funaro busca “constranger” deputados que votarão contra a denúncia 2017-10-14
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