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Mundo O Reino Unido vai tratar parte de pacientes com coronavírus com o remédio remdesivir

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O presidente Donald Trump, que teve Covid-19 no começo de outubro, recebeu remdesivir durante cinco dias. (Foto: Reprodução)

O Reino Unido vai liberar o uso do antiviral remdesivir para alguns pacientes de Covid-19 que tenham mais chance de se beneficiar com o medicamento. A decisão faz parte de uma estratégia tomada junto com a farmacêutica Gilead, informou o Ministério da Saúde britânico nesta semana.

Segundo a pasta, informações preliminares obtidas em testes clínicos em todo o mundo mostraram que o medicamento poderia acelerar em até quatro dias o tempo de recuperação de pacientes com Covid-19.

“Enquanto atravessamos esse período desafiador, precisamos estar na dianteira dos últimos avanços clínicos, garantindo em primeiro lugar a segurança dos pacientes”, disse o ministro de Inovação britânico, James Bethell. “Vamos continuar monitorando os avanços dos testes clínicos pelo país para garantir os melhores resultados para os pacientes britânicos.”

O governo disse que a administração da droga será determinada pela probabilidade de benefício para determinado paciente, mas não informou ao certo quantos serão tratados com ela.

O Instituto Nacional de Saúde (NIH) americano informou na semana passada que dados dos testes do remdesivir mostraram que o medicamento oferece mais benefícios para pacientes da Covid-19 que precisam de mais oxigênio, mas que não necessitam de ventilação mecânica.

Os pesquisadores também disseram que “em função da alta mortalidade, apesar do uso do remdesivir”, o mais provável é que o medicamento seria mais eficaz sendo combinado a outros tratamentos contra a Covid-19.

Stephen Griffin, professor associado da Universidade de Leeds, no Reino Unido, celebrou a decisão da adoção do remdesivir no tratamento contra a Covid-19, dizendo que “o mais provável é que pacientes mais graves de Covid receberão a droga em primeiro lugar”.

“Podemos esperar um aumento das taxas de pacientes recuperados e uma redução no’índice de mortalidade”, disse Griffin.

A farmacêutica Gilead disse esperar ter até o fim deste mês resultados de seu estudo sobre remdesivir em pacientes com sintomas moderados da Covid-19.

Tempo de internação

Pesquisadores nos Estados Unidos publicaram o aguardado estudo sobre a eficácia do remdesivir no tratamento de Covid-19. O estudo, divulgado na revista científica The New England Journal of Medicine, mostra o que Anthony Fauci, imunologista que tem sido o principal conselheiro de Donald Trump durante a pandemia, havia revelado: o medicamento encurta o tempo de internação de pacientes.

Fauci havia adiantado as informações do estudo, o que levou o governo dos EUA a aprovar o uso do medicamento de forma emergencial, mas agora ele está publicado e revisado por pares, dando maior respeitabilidade para a pesquisa, que levou em conta uma série de critérios rígidos de teste. Isso incluiu, por exemplo, da randomização de pacientes entre grupos, com cerca de metade dos pacientes recebendo o princípio ativo, e a outra metade apenas um placebo. Também foi adotado o duplo-cego, em que pacientes e pesquisadores não sabem qual dos dois tratamentos estão em andamento até o fim do experimento.

Com mais de 1.063 pacientes, os pesquisadores tiveram uma base sólida para perceber que o tempo médio de internação dos pacientes foi diminuído de 15 dias no grupo placebo para 11 dias entre os que receberam o medicamento.

Os pesquisadores, no entanto, não perceberam grande avanço em termos de mortalidade dos pacientes. O grupo que recebeu o remdesivir teve 21 mortes contra 28 no grupo de controle, mas o resultado não foi considerado estatisticamente significativo. Mesmo assim, o fato de desocupar leitos de UTI mais rapidamente foi considerado um sucesso.

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https://www.osul.com.br/o-reino-unido-vai-tratar-parte-de-pacientes-com-coronavirus-com-o-remedio-remdesivir/ O Reino Unido vai tratar parte de pacientes com coronavírus com o remédio remdesivir 2020-05-29
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