Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Foi uma longa e tensa madrugada, até o anúncio da vitória do excêntrico Donald Trump, cujos reflexos se estenderão por décadas. Algumas considerações:
1) os institutos de pesquisas podem recolher as âncoras e rumar a um estaleiro. Erraram de novo e se desmoralizaram.
2) O eleitorado norte-americano sempre foi conservador. O máximo a que se permitiu foi escolher Barack Obama, presidente não branco, que fez duas gestões tímidas, sepultando as pretensões do Partido Democrata.
3) A escolha de Trump é também a resposta ao radicalismo dos autores de atentados que impõem o medo e provocam mortes de inocentes em todo o mundo.
4) O republicano deverá se despojar do papel de menino terrível que assumiu durante a campanha. A história mostra que incendiários, quando chegam ao poder, tornam-se moderados.
5) Trump será acompanhado minuto a minuto em cada passo, cada palavra, cada inflexão e cada respiração. Do seu equilíbrio ou desequilíbrio dependerá o futuro dos norte-americanos e do mundo.
NADA DE PRIVILÉGIO
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado começa a discussão da Proposta de Emenda que extingue o foro privilegiado para autoridades. Atualmente, são contemplados com a prerrogativa em torno de 22 mil detentores de cargos no país.
NOVA VIA
A tendência é que, depois de aprovado o fim do foro privilegiado, todos os integrantes de funções públicas respondam por crimes comuns na primeira instância do Judiciário e não diretamente no Supremo Tribunal Federal.
VAI EMPURRANDO
O foro privilegiado é um modelo que não se sustenta mais. Tornou-se anacrônico como instrumento de protelação judicial. Não há motivo para dar vantagem a algumas categorias, como se vivessem numa torre isolada. A primeira tentativa de extinguir ocorreu em 2005. Desde então, nada…
COM OU SEM RESTRIÇÕES
A escolha do novo presidente do diretório estadual do PSDB ocorrerá em abril do próximo ano. Porém, dependerá de critério do comando nacional. Em 2014, saiu de Brasília a determinação de que só poderiam votar os representantes de municípios cujo desempenho eleitoral do partido tinha ficado acima de 6 por cento do total do votos para a Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas. Nem Pelotas, com o prefeito tucano Eduardo Leite, conseguiu chegar ao patamar. Sem número suficiente de delegados para realizar a eleição, o deputado federal Nelson Marchezan acabou sendo nomeado presidente.
USAM ATÉ FOICE
A definição do jornalista Carlos Brickmann em seu blog Chumbo Gordo: “O PSDB é um partido formado exclusivamente por amigos em que todos são inimigos uns dos outros.”
ESTÁ NA FRENTE
Hoje é o Dia Mundial dos Recordes, iniciativa do Livro Guinness para incentivar novas marcas de superação. Nos últimos anos, a Política brasileira cumpriu rigorosamente a sua parte.
EM NOME DA DEFESA
A cada novo assalto e morte de motorista de táxi, firma-se a convicção: esses profissionais devem ter liberado o porte de revólver, após aprovação em rigoroso exame psicológico e comprovada capacidade de usar. Criaria nos assaltantes a dúvida antes de cometer o crime.
RÁPIDAS
* Artur Lemos Júnior será indicado para assumir a Secretaria de Minas e Energia. Lucas Redecker voltará à Assembleia Legislativa.
* Está decidido: a nova gestão da Prefeitura de Porto Alegre unirá o Departamento de Água e Esgoto com o de Esgotos Pluviais.
* Para as prefeituras, o custo médio de cada merenda escolar é de 4 reais e 50 centavos. O repasse federal não passa de 30 centavos diários por aluno.
* Da última campanha ficaram várias lições. Uma delas: o que uma pesquisa traz a outra leva.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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