Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2020
No mesmo dia em que começaram a vacinar sua população contra a covid-19, nesta segunda-feira (14), os Estados Unidos também ultrapassaram a marca de 300 mil mortes pela doença, segundo o levantamento da universidade americana Johns Hopkins.
O país, o mais afetado pelo novo coronavírus no mundo em números absolutos, já registrou mais de 16,3 milhões de casos desde o início da pandemia, com 184.248 apenas no domingo (13). Durante a última semana, houve uma média de 210.112 casos por dia, o que representa um aumento de 30% da taxa de duas semanas antes.
Em relação à média de mortes, comparando esse mesmo período — a última semana com a taxa de 14 dias antes —, o número aumentou 67%, com 1.357 óbitos registrados no domingo. O recorde foi na última quarta-feira (9), quando 2.804 pessoas morreram. Na tarde desta segunda, o país chegou a 300.267.
Uma reportagem do USA Today no sábado (12) mostrou que 1 a cada 8 hospitais nos EUA tinha pouco ou nenhum espaço em UTIs. Além disso, especialistas já apontavam que o número de unidades de saúde em colapso iria aumentar por causa do avanço contínuo da pandemia.
Segundo uma análise do The New York Times, utilizando dados federais, mais de um terço dos americanos mora em áreas onde a quantidade de leitos disponíveis nas UTIs é crítica.
Em muitas áreas, a situação é pior: 1 em cada 10 americanos — espalhados em uma grande faixa no Meio-Oeste, no Sul e no Sudoeste — mora em uma área onde não há mais leitos de terapia intensiva vagos ou onde menos de 5% deles estão disponíveis. Nesses níveis, especialistas dizem que manter os padrões existentes de atendimento aos pacientes em situações mais delicadas pode ser difícil ou impossível.
“Há pouco o que nossos funcionários da linha de frente possam oferecer quanto se chega a esses condados rurais que estão sendo duramente atingidos pela pandemia agora”, disse Beth Blauer, diretora dos Centros de Impacto Cívico da Universidade Johns Hopkins.
Em Nova York, o prefeito Bill de Blasio disse à CNN que a cidade pode entrar em confinamento total nas próximas semanas, se o número de casos continuar a subir. Ao menos 124 mortes e 10.027 novos casos foram registrados na cidade no domingo. Na semana passada, as autoridades anunciaram a suspensão de refeições no interior dos restaurantes a partir desta segunda.
“Estamos vendo um nível de infecção que não observávamos desde maio. Temos que detê-lo ou nosso sistema hospitalar será ameaçado”, disse o prefeito.
O presidente Donald Trump afirmou que iria adiar a vacinação de funcionários da Casa Branca. O anúncio veio após o The New York Times noticiar que o governo estava planejando vacinar a equipe rapidamente, apesar do uso do imunizante estar sendo planejado de maneira prioritária para trabalhadores da saúde na linha de frente contra a pandemia. A notícia de que funcionários do governo seriam imunizados antes despertou críticas.
“As pessoas que trabalham na Casa Branca devem receber a vacina um pouco mais tarde no programa, a menos que seja especificamente necessário”, disse Trump no Twitter. “Eu pedi que esse ajuste fosse feito. Não estou me programando para tomar a vacina, mas estou ansioso para tomá-la no momento apropriado. Obrigado!”.