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Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2020
Apesar de ter ganhado fama durante a pandemia, a cloroquina é uma droga utilizada na medicina há quase 100 anos. Criada originalmente como um tratamento contra a malária, algumas pesquisas realizadas a partir das décadas de 1930 e 40 indicaram que ela também possui uma capacidade de modular o sistema imunológico.
Durante os últimos 70 anos, ela se tornou uma das drogas mais prescritas na reumatologia, área da medicina voltada às doenças que atingem articulações, ossos, músculos, tendões e ligamentos.
Os especialistas costumam indicar o uso crônico desses comprimidos para pacientes com lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide, duas doenças em que o sistema imunológico ataca áreas do próprio corpo, como as articulações, a pele e os rins.
“Quando começamos a ver as primeiras notícias de que a cloroquina estava sendo testada para conter a pandemia, lá em março de 2020, ficamos muito intrigados. Afinal, nossa experiência nos mostra que o medicamento precisa ser usado por três meses para dar efeito. Então como é que ele funcionaria tão rápido na covid-19, em questão de cinco dias?”, questiona o reumatologista Marcelo Pinheiro, da Universidade Federal de São Paulo.