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Economia Pandemia derrubou o transporte aéreo de passageiros pela metade em 2020

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Em 2020 haviam sido efetuadas 76 demandas, em 2021 foram 157. (Foto: Ten. Enilton/Agência Força Aérea)

O impacto da pandemia de Covid-19 no setor aéreo nacional em 2020 levou à queda de 53% no número de passageiros e de 29,6% no transporte de cargas em relação a 2019. Com isso, os viajantes passaram de 93,8 milhões para 44 milhões, enquanto as cargas tiveram redução de 400 mil toneladas para 282 mil toneladas.

Assim como a comercialização de assentos, as tarifas aéreas também caíram na comparação de um ano para o outro. Os dados fazem parte do estudo Redes e Fluxos do Território: Ligações Aéreas (2019-2020), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Dentre as principais cidades, Curitiba foi uma das mais afetada com a retração tanto na movimentação de carga (queda de 52,9% em 2020) quanto no transporte de passageiros (-60,9%). Por sua vez, Campinas obteve um saldo positivo de 36% no volume de cargas, confirmando seu papel cada vez mais relevante nas operações de carga aérea do país. A metrópole do interior paulista passou a ser a terceira maior cidade em transporte aéreo de cargas, atrás apenas de São Paulo e Manaus, e seguida por Recife – uma vez que Brasília, anteriormente a terceira colocada, caiu para a quinta posição ao ter reduzido em 49,7% seu fluxo de carga em 2020.

Porto Alegre registrou queda de 57,6% no transporte de passageiros no período. Quanto à movimentação de carga, a capital gaúcha teve uma baixa de 37,2% em 2020 em relação a 2019.

“A análise deixa claro que São Paulo é o grande hub aéreo nacional, seja como destino, origem ou ponto intermediário de conexão para passageiros e cargas”, explica o geógrafo Thiago Arantes, responsável pela pesquisa. Em 2020, a Grande Metrópole Nacional, que conta com os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, participava de 50,3% da movimentação aérea de passageiros e de 52,2% de todas as cargas que foram transportadas naquele ano.

Ao todo, 175 cidades brasileiras tiveram algum voo regular de passageiros ou algum voo transportando carga como um serviço pago em 2020, mas só 46 tiveram pelo menos um voo regular de passageiros em cada mês do ano. “Por ser um modal de alta intensidade tecnológica e de alto custo de operação, o transporte aéreo tende a se concentrar nas grandes cidades, como as metrópoles e capitais regionais”, ressalta o especialista.

Quanto ao critério de acessibilidade econômica desenvolvido no estudo, que leva em consideração todas as passagens aéreas efetivamente vendidas nos respectivos anos de 2019 e 2020, os destinos mais caros para se acessar por via aérea são as cidades do interior das regiões Norte e Centro-Oeste, especialmente as do estado de Rondônia, como Vilhena (RO), Cacoal (RO) e Ji-Paraná (RO), juntamente as cidades amazonenses de São Gabriel da Cachoeira (AM), Carauari (AM) e Lábrea (AM). Todas apresentam tarifas médias ponderadas acima de R$ 750. Por outro lado, cidades situadas no centro-sul do país com menor oferta de destinos e estabelecendo ligações com cidades mais próximas possuem tarifa média ponderada mais barata, abaixo de R$ 330, como São José dos Campos (SP), Joinville (SC) e Vitória (ES).

Além do critério econômico, outras dimensões de acessibilidade das cidades foram investigadas no levantamento, como a geográfica (referência no serviço aéreo regional e amplitude de destinos oferecidos) e a temporal (tempos médios de acesso ao aeroporto e dos voos diretos oferecidos).

Quando se mapeia a acessibilidade temporal dos principais voos diretos de cada cidade com aeroporto fica evidente a concentração dos voos mais curtos nas regiões Sudeste e Sul do país, bem como a atração dessas para o fluxo das demais regiões. Por exemplo, a rede de relacionamentos no eixo centro-sul concentra a maioria das ligações que estão nas faixas de tempo médio entre 34 e 110 minutos, ao passo que as ligações das cidades das regiões Norte e Nordeste com essa porção do território nacional podem variar, na maioria das vezes, entre 150 e 290 minutos de viagem.

Em relação à acessibilidade geográfica, a cidade de São Paulo se destaca mais uma vez, com total de 49 opções de destino por voo direto e mais 27 destinos que são acessados mediante escalas ou conexões. Em segundo lugar está Campinas, uma vez que possuía duas opções a menos de voo direto, mesmo tendo uma opção a mais de destino indireto do que a capital paulista.

“Outro destaque é a cidade de Manaus, que possui total de destinos maior que São Paulo, pois articula uma rede local de voos para cidades menores em seu próprio Estado que praticamente só são acessíveis por transporte aéreo ou hidroviário”, acrescenta Thiago Arantes.

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https://www.osul.com.br/pandemia-derrubou-o-transporte-aereo-de-passageiros-pela-metade-em-2020/ Pandemia derrubou o transporte aéreo de passageiros pela metade em 2020 2021-12-10
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