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Geral Para especialistas, a vaidade da mãe do menino Henry, de 4 anos, mesmo após a morte do filho indica “grave transtorno narcísico”

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Segundo advogados, professora teria fatos novos para contar aos policiais. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Ao longo das investigações da morte de Henry, que terminou com a prisão de Dr. Jairinho e a professora Monique Medeiros, a vaidade da mãe do menino chamou atenção. Um dia após o enterro do menino, Monique, que antes do crime já gostava de se exibir em selfies, sobretudo em academias de ginástica, foi a um salão de beleza na Barra da Tijuca, para fazer pé, mão e cabelo. Ao voltar para casa dos pais, em Bangu, pagou um Uber para cabeleireira ir atendê-la no bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Um cuidado tão grande com a aparência já tinha se manifestado quando, antes de ir depor pela primeira vez sobre a morte de Henry, na 16ª DP (Barra da Tijuca), ela mandou foto para a defesa ajudá-la na escolha da roupa. A primeira versão toda preta e, desaconselhada, trocou por um traje mais social e todo branco. Visual que fez questão de eternizar em mais uma selfie, feita dentro da delegacia, com os pés sobre cadeiras, aparentemente relaxada e com um semblante de quase sorriso. Para psicólogos, são sinais de uma personalidade narcísica de natureza perversa, que pode ter sido potencializada com o início do relacionamento com Dr. Jairinho.

De acordo com a psicanalista Flavia Strauch, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, as preocupações com a beleza da professora mostram uma atitude totalmente descolada da realidade. Para ela, após o caso ganhar proporção nacional, Monique deixou claro que havia uma grande preocupação em como apareceria nas fotos e filmagens da cobertura midiática, sem pensar no que este comportamento estaria passando ao público que assitia.

“A falta de compaixão e dor da mulher impacta as pessoas que esperam um comportamento mais condizente com alguém que perdeu o filho de maneira brutal. Ela claramente estava preocupada em como iria aparecer na mídia, o que evidencia um transtorno narcísico. Ao saber dos abusos de Jairinho com o garoto e tomar atitudes ambivalentes, onde se preocupava em dados momentos, mas não tomava uma atitude contundente, ela prova que estava mais interessada em manter o relacionamento do que com a segurança do filho”, disse a psicanalista.

A neuropsicóloga Paula Dutra observa que as demonstrações de excessiva vaidade de Monique configuram um transtorno de personalidade de natureza perversa, pois não apresentam sinais de empatia ou comoção com a perda do filho de 4 anos. Segundo ela, pessoas com essa condição tem uma grave pertubação de caráter, em que não há vínculos verdadeiros, nem mesmo com os filhos, estabelecendo-se assim apenas relações em benefício próprio.

“Como que alguém vai ao cabeleireiro depois de enterrar o filho? Alguém ter condições emocionais para ir ao cabeleireiro, se preocupar com roupas e tirar selfies é um denunciador muito claro de um perfil narcísico. Ao fazer isto ela decreta a falta de comprometimento dela com o luto da perda”, afirma Paula.

Segundo Paula, havia ali um relacionamento doentio, em que Henry era um obstáculo aos dois. Ela explica que após Monique engatar o namoro com o vereador houve um ganho de status que a envaideceu. A partir deste momento, elucida Paula, a pessoa nutre uma sensação de possui mais valor, condição importante para um narcísico. Duas personalidades com o mesmo traço de perversidade, afirma Paula, não permitem a presença de uma terceira pessoa.

“Não é possível cravar um quadro de psicopatia da mãe, porém Jairinho possivelmente compartilha deste perfil. A junção dos dois foi como se tivessem colocado duas pessoas num caldeirão e feito uma bomba atômica e isso infelizmente resvalou na pessoa mais frágil e vulnerável da história”, lamentou Paula.

Flavia Strauch diz que Jairinho parece ser o tipo de pessoa que não admite compartilhar atenção com o filho de suas acompanhantes. Ela pontua que os depoimentos de ex-namoradas, que relataram que seus filhos teriam sido vítimas de maus-tratos, também contribui para identificar essa necessidade por atenção exclusiva.

“A impressão que dá é a de que esse casal para ser casal, o Henry não poderia estar presente. No sentido de que o padastro ao dizer para o Henry que ele atrapalhava a mãe, os dois só poderiam se constituir na ausência da criança. Evidentemente que um adulto maduro vai dividir o afeto e a atenção, mas quando há uma exigência nesse grau chega-se à patologia”, disse a psicanalista. As informações são do jornal O Globo.

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