Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2015
Apesar de reconhecer a importância da perda do grau de investimento do Brasil, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alertou que não podemos dar ao cenário dimensão maior do que ele tem. Para o dirigente, o Brasil tem totais condições de superar a crise financeira que está passando.
Em relação ao governo da presidenta Dilma Rousseff, Cardozo afirmou que não há nenhuma razão para que ele não chegue até 2018. “Será preciso algum fato que justifique o processo de impeachment”, observou o ministro, “um fato que não existe e não existirá”, completou.
Sobre os setores da oposição, Cardozo disse que há gente que tem interesse em explorar a crise, querendo investir na situação para tirar dividendos políticos, partidários e pessoais, mas, ressaltou que assumir a bandeira do quanto pior melhor é nocivo ao interesse público. Mais adiante, o dirigente criticou: “Acho triste que pessoas, em um momento muito difícil, se apequenem”.
Cardozo comentou o pedido de abertura de inquérito contra o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma à reeleição. “Aquilo não pode ser minimamente imputado à governante”, disse. “Algumas pessoas tentam maximizar isso quando interessa. Contudo, vejo também líderes da oposição submetidos à idêntica situação e dizem que sobre eles é mero inquérito”, comparou.
Sobre como a presidenta está lidando com a crise, Cardozo descreveu: “Ela é forte pessoalmente. Ela conduz o governo com muita presença e liderança sobre sua equipe. Ela cresce interiormente nos momentos ruins. Essa é uma característica positiva para um líder”. (AG)
