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Economia A Pepsi, como a Coca-Cola, pretende estudar bebidas com maconha

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Ingressar no negócio da maconha está interessando os gigantes da agroindústria. (Foto: Reprodução)

O uso de maconha como ingrediente parece estar se tornando uma área de interesse inescapável para qualquer grande empresa que venda bebidas. A Pepsi não é exceção, e diz “considerar seriamente” a questão, disse seu vice-presidente de finanças na terça-feira (2). Em geral, “estamos estudando qualquer oportunidade de crescimento, movendo céus e terras para conseguir crescimento”, afirmou o diretor financeiro da empresa, Hugh Johnston, ao canal de notícias CNBC.

Nesse contexto, “creio que consideraremos seriamente” a maconha, disse, ainda que tenha afirmado não estar “pronto para compartilhar publicamente” os potenciais projetos da empresa nesse segmento.

A grande rival da PepsiCo, a Coca-Cola, também expressou recentemente seu interesse pela planta, e explicou na metade de setembro que estava estudando “o crescimento mundial do CDB, um princípio não psicoativo (da maconha), como ingrediente para bebidas que propiciam bem-estar”.

“Ainda não chegamos a uma decisão”, mas “esse setor está mudando rapidamente”, afirmou a Coca-Cola então.

Ingressar no negócio da maconha está interessando os gigantes da agroindústria, muitos dos quais apostam que seu uso será legalizado em diversos países nos próximos anos. O consumo e o cultivo da maconha serão legais no Canadá a partir de 17 de outubro, e no Uruguai já o são desde 2013, sob a tutela do Estado.

Nos Estados Unidos, embora alguns estados tenham autorizado o uso recreativo e terapêutico da cannabis, “ele continua ilegal no plano federal”, disse na terça-feira o chefe da PepsiCo. As incertezas em torno da situação legal da planta continuam a desanimar muitas empresas quanto a investir no setor.

Wall Street

Os participantes do Congresso Mundial de Cannabis realizado em Los Angeles escutavam uma das conferências inaugurais quando uma notícia começou a aparecer nos telefones. O regulador federal de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (Administração de Drogas e Alimentos, FDA) havia aprovado um novo produto chamado Epidiolex para o tratamento da epilepsia. O remédio tinha o CBD por base, um composto da cannabis com propriedades analgésicas. As ações da empresa que o fabrica, a GW Pharma, subiram 6,2%. Concretamente, a FDA disse que os medicamentos aprovados com CBD serão considerados dentro da categoria mínima de periculosidade. Um rumor percorreu a sala, seguido de aplausos.

Para os presentes nessa reunião bianual de indústrias relacionadas à maconha, a notícia foi um novo sinal, mais um, de que estão no negócio certo na hora certa. A reclassificação do composto CBD se junta a outra série de passos, como o interesse de grandes conglomerados de bebidas no mercado dos derivados do cânhamo e da cannabis, e os grandes bancos de Wall Street estão estudando a indústria de perto.

Há dois anos os pretendentes a tornarem-se os primeiros milionários da maconha citam 2018 como o ano em que tudo irá mudar graças à legalização do uso recreativo na Califórnia, o maior mercado legal no mundo com 39 milhões de habitantes, e no Canadá. E efetivamente, tudo parece prestes a mudar. Mas ao mesmo tempo a nova regulamentação não chega tão rápido quanto o acelerado crescimento do negócio parece demandar.

Em julho, a canadense Tilray se transformou na primeira empresa cotada na Nasdaq que produz maconha para uso medicinal. Começou cotada a 17 dólares (68 reais). Nessa semana estava acima de 130 dólares (525 reais) por ação. Em agosto, a gigante das bebidas Constellation Brands (Corona, Modelo, Pacífico, vodca Svedka, tequila Casa Noble, vinho Meiomi) anunciou um investimento de 4 bilhões de dólares (16 bilhões de reais) na Canopy Growth, uma empresa canadense de cannabis. É a maior aposta vista até agora da indústria da maconha. Para comparar, é quantidade pela qual a Disney comprou a marca Star Wars.

 

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https://www.osul.com.br/pepsico-como-a-coca-cola-pretende-estudar-bebidas-com-maconha/ A Pepsi, como a Coca-Cola, pretende estudar bebidas com maconha 2018-10-02
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