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Geral Pesquisa aponta que 48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento

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A desorganização financeira é um problema cultural no Brasil. (Foto: Reprodução)

A desorganização financeira é um problema cultural no Brasil. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento e, mesmo entre os que cuidam das finanças, apenas um terço planeja o mês com antecedência. É aí que começa o ciclo do endividamento e, uma vez endividado ou até mesmo com o nome sujo, encontrar uma forma de sair dessa situação é essencial. Muitas pessoas acabam recorrendo aos empréstimos como meio de solucionar o problema. Nesse cenário, especialistas ouvidos pelo jornal O Dia explicam sobre a importância da educação financeira, vantagens de contrair um empréstimo e maneiras de evitar o efeito “bola de neve”.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os brasileiros ficaram mais endividados e mais inadimplentes na passagem de fevereiro para março. A proporção de famílias com contas a vencer passou de 77,9% em fevereiro para 78,1% em março, aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

O levantamento considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

A fatia de consumidores com contas em atraso também aumentou, passando de 28,1% em fevereiro para 28,6% em março. A parcela de famílias que afirmaram não terem condições de pagar as dívidas atrasadas, permanecendo assim inadimplentes, avançou de 11,9% em fevereiro para 12% em março. O resultado ainda é mais elevado que o de março de 2023, quando 11,5% estavam nessa situação.

Os dados também apontam que os mais pobres são os que puxam essa alta no endividamento e na inadimplência. No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados subiu de 79,2% em fevereiro para 79,7% em março.

Quanto à inadimplência, no grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de famílias com dívidas em atraso subiu de 35,8% em fevereiro para 36,4% em março.

De acordo com a avaliação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), “esse resultado revela maior demanda das famílias por crédito, aproveitando o menor custo com juros”.

– Vale a pena contrair um empréstimo para quitar dívidas? Dados do Banco Central mostram que as concessões de empréstimos no Brasil encerraram em 2023 com avanço de 4,7% em relação ao ano anterior, depois de um salto de 7,8% em dezembro.

Para o especialista em finanças e investimentos Hulisses Dias, recorrer a um empréstimo pode ser uma solução, mas só é atrativo quando as taxas de juros são significativamente mais baixas do que as taxas de juros das dívidas existentes.

“Se o empréstimo oferecer condições de pagamento mais favoráveis, como prazos mais longos e parcelas mensais menores, se torna uma boa opção. Quando se tem várias dívidas, trocar essas dívidas por um único empréstimo com uma taxa de juros menor simplifica o processo de pagamento”, aponta.

“Avaliar a viabilidade do empréstimo envolve calcular cuidadosamente o custo total do empréstimo (CET), incluindo taxas e encargos, e compará-lo com o custo total das dívidas existentes”, acrescenta.

Já Rodrigo Bernardo, educador financeiro e especialista da Barkus, afirma que um aspecto crucial a ser considerado é a disciplina financeira. Segundo ele, contratar um empréstimo para quitar dívidas pode ser uma ferramenta eficaz de gestão financeira, desde que acompanhada por mudanças de hábitos e comportamentos que levaram ao endividamento inicial.

“Sem um compromisso firme em controlar os gastos, evitar novas dívidas e construir uma reserva financeira, há o risco de cair em um ciclo vicioso de endividamento, tornando-se ainda mais difícil sair dessa situação. É importante encarar o empréstimo como uma ferramenta temporária para superar uma situação financeira desafiadora, e não como uma solução definitiva e constante para problemas de dinheiro”, explica Bernardo.

Os especialistas também destacam a importância de ler atentamente o contrato antes de assinar. “Isso evita contratos com taxas de juros muito elevadas. É importante comparar diferentes opções de crédito. Atualmente, é possível utilizar sites comparadores de empréstimos”, explica Rodrigo Bernardo.

“Ao analisar se é vantajoso ou não pegar um empréstimo, deve-se perguntar qual é a taxa de juros efetiva, que é diferente da taxa de juros nominal”, lembra Hulisses Dias. As informações são do jornal O Dia.

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https://www.osul.com.br/pesquisa-aponta-que-48-dos-brasileiros-nao-controlam-o-proprio-orcamento/ Pesquisa aponta que 48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento 2024-04-15
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