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Economia Pessimismo cresce, e 45% dos brasileiros dizem que situação econômica do País vai piorar, afirma pesquisa Datafolha

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A pesquisa também mostra que 28% avaliam que a situação econômica irá melhorar. (Foto: Reprodução)

Pesquisa Datafolha realizada após o anúncio do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil mostra piora na percepção dos brasileiros com a situação econômica do País nos últimos meses e um patamar de pessimismo com o futuro que não se via desde a pandemia.

A pesquisa foi realizada na quarta (29) e na quinta-feira (30), dia em que o governo Donald Trump divulgou a lista de produtos brasileiros que terão tarifa extra de 50% para entrar nos Estados Unidos a partir do dia 6 de agosto — confirmando as sanções anunciadas no início de julho, mas abrindo exceções para alguns produtos.

O percentual daqueles que avaliam que a situação econômica do País vai piorar nos próximos meses subiu de 33% para 45% na comparação entre as pesquisas realizadas em meados de junho e no final de julho.

Esse é o segundo pior resultado verificado na série histórica iniciada em 2019. O maior índice negativo foram os 65% de março de 2021, quando houve a chamada segunda onda da Pandemia de Covid-19.

O patamar atual é mais que o dobro do verificado em dezembro de 2023 (22%), melhor resultado apurado na gestão atual do presidente Lula (PT).

A pesquisa também mostra que 28% avaliam que a situação econômica irá melhorar — eram 32% em junho. O percentual dos que acham que vai ficar como está caiu de 31% para 22%.

Entre os que tomaram conhecimento sobre o tarifaço, 50% estão pessimistas em relação aos próximos meses. Entre os que dizem desconhecer o assunto, 25% avaliam que a economia irá piorar —apenas 18% dos brasileiros desconhecem as sanções americanas, segundo o Datafolha.

O percentual de pessoas pessimistas sobe de acordo com o nível de escolaridade: 34% entre os que têm curso fundamental, praticamente metade (49%) dos entrevistados com ensino médio e maioria (54%) entre aqueles com superior completo. Está em 38% entre as pessoas na faixa de menor renda (até dois salários mínimos) e 58% para quem ganha mais de dez salários mínimos.

A expectativa de piora é majoritária entre empresários (70%), assalariados com registro (52%), moradores do sul (53%) e sudeste (51%) e evangélicos (55%).

O Brasil ficou com a maior tarifa entre os países que foram taxados pelos Estados Unidos. Entre os argumentos do presidente americano está o pedido para que a Justiça brasileira interrompa o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os autodeclarados bolsonaristas, 71% estão pessimistas com o futuro da economia.

Outro recorte da pesquisa mostra que 89% dos brasileiros acreditam que tarifaço de Trump vai prejudicar a economia e a maioria (77%) também vê impacto negativo na situação econômica pessoal.

O Datafolha entrevistou 2.004 pessoas com mais de 16 anos em 130 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Para 51% dos brasileiros com 16 anos ou mais, a economia já piorou nos últimos meses. Na pesquisa feita em junho, essa era a percepção de 47% dos entrevistados. No início do governo Lula, 35% faziam a mesma avaliação.

A percepção de melhora na questão econômica oscilou de 22% para 23%. Outros 25% acreditam que a situação permaneceu igual. Eram 28% em junho.

A avaliação de que houve piora na situação recente do país está em 54% entre os que tomaram conhecimento sobre o tarifaço e 40% entre os que dizem desconhecer o assunto.

Essa percepção também cresce de acordo com o nível de escolaridade: 41% para quem tem ensino fundamental, 55% no médio e 60% no superior. Está em 46% entre as pessoas na faixa de menor renda (até dois salários mínimos) e 66% para quem ganha mais de dez salários mínimos.

O número também é mais elevado entre empresários (82%), moradores da região Sul (63%) e evangélicos (60%). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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