Sábado, 27 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
20°
Thunderstorm

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral PIB da Argentina teve queda de 1,6% em 2023

Compartilhe esta notícia:

Medidas econômicas de Javier Milei fizeram com que os gastos dos consumidores despencassem em janeiro. (Foto: Reprodução)

A economia argentina registrou queda no quarto trimestre de 2023, consolidando um ano completo de contração, inclusive antes mesmo do presidente Javier Milei cortar drasticamente os gastos como parte de sua terapia de choque.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país recuou 1,9% nos últimos três meses do ano na comparação com o trimestre anterior, segundo dados oficiais divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec). Em todo o ano de 2023, o PIB recuou 1,6%.

Na comparação com o último trimestre de 2022, a economia argentina teve um recuo de 1,4%.

“A diminuição de 1,6% do PIB em 2023 correspondeu ao aumento das importações (2,2%), do consumo privado (1,1%) e do consumo público (1,2%) e às quedas das exportações (-6,7%) e da formação bruta de capital fixo (-1,9%) em relação a 2022”, disse o Indec em relatório.

A queda trimestral se seguiu à retração de 0,8% e 5% nos dois trimestres anteriores. Tecnicamente se determina que o país está em recessão quando o PIB cai por dois trimestres seguidos.

O terceiro e o quarto trimestres de 2023 foram marcados pelo período de campanha para as eleições presidenciais – vencidas em novembro por Javier Milei, quando praticamente todos os setores da economia entraram em compasso de espera pelas medidas do novo governo, que tomou posse em dezembro.

Em 2023, a inflação argentina ficou em 211,4%. Em fevereiro deste ano, a alta de preços acumulada em 12 meses chegou a 276,2%.

Para este ano, os economistas estimam que o PIB caia 3,3%, já que as medidas de austeridade levam a uma queda no consumo.

Pesquisa

Em outra frente, uma pesquisa apresentada na terça-feira pelo jornal argentino Clarín sobre a avaliação dos 100 dias do governo de Javier Milei mostra um dado curioso: em um momento que a pobreza afeta quase 60% da população, são as classes mais baixas do país — os níveis socioeconômico D e E — que mais apoiam o governo do ultraliberal. A pesquisa foi realizada pela Equipo Mide entre os dias 4 e 12 de março. Foram realizadas 1.674 entrevistas em todo o país.

Quando questionados sobe o estado de ânimo atual em relação ao governo, 25% dos entrevistados responderam “esperança”. Desse total, 28% correspondem às pessoas de classes mais baixa. São elas também os que mais confiam na administração do novo governo: 54% do total de 50% que acredita que Milei caminha na direção “correta”.

O mesmo vale para a avaliação da imagem do ultraliberal e sua forma de liderança. Pelo menos 50% dos entrevistados têm uma imagem positiva do governo Milei ao longo desses 100 dias (30% muito bom e 20% bom) e 49%, negativo. Apenas 1% não soube responder. Entre aqueles que analisam positivamente o governo, 56% são classes mais desfavorecidas.

Os mais pobres também são os que mais defendem o estilo e a atitude de Milei. Enquanto 57% afirmam não aprovar o outsider, 43% dizem gostar — 51% desse total correspondem aos níveis socioeconômicos mais baixos. No geral, também são os que mais apoiam o governo Milei, correspondendo a 45% do total de 38%.

Numa análise mais ampla, os números mostram que as expectativas negativas ainda superam as positivas (47% a 33%) e a inflação continua sendo a principal preocupação entre os argentinos (24%), seguida pela pobreza (18%). A gestão nacional também foi avaliada por 47% dos entrevistados como “negativa”, e o estado de espírito atual concentra-se em sentimentos negativos: “incerteza” (23%), “raiva” (19%), “medo” (10%) ou “decepção” (7%). As informações são da agência de notícias Bloomberg e do jornal O Globo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Google é multado em US$ 272 milhões pela União Europeia por falta de pagamento a jornais franceses
Brasil será o primeiro país da América Latina a receber a visita do presidente da França
https://www.osul.com.br/pib-da-argentina-teve-queda-de-16-em-2023/ PIB da Argentina teve queda de 1,6% em 2023 2024-03-20
Deixe seu comentário
Pode te interessar