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Geral Brasil será o primeiro país da América Latina a receber a visita do presidente da França

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O encontro bilateral entre Lula e Macron está organizado em quatro eixos: amazônico, estratégico, político e empresarial. (Foto: Reprodução)

O Brasil é o primeiro país da América Latina a ser visitado pelo presidente francês Emmanuel Macron, em um encontro bilateral, desde que assumiu o poder em 2016. A visita será de três dias – 26, 27 e 28 de março e abrangerá quatro cidades – Belém, Itaguaí (RJ), São Paulo e Brasília. A intenção é aumentar a parceria comercial e a cooperação na defesa, meio ambiente, ciência, tecnologia e cultura. O Brasil busca maior equilíbrio na balança comercial e afinidade no G 20 e cenário internacional. O acordo UE-Mercosul, evidentemente, estará em pauta.

O Brasil tem uma parceria estratégica com a França desde 2008 feita por Lula e Nicolas Sarkozy. A ideia, agora, é relançar a parceria em diversas áreas – defesa, energia, tecnologia, ambiente.

O encontro bilateral entre Lula e Macron está organizado em quatro eixos: amazônico, estratégico, político e empresarial. O presidente Lula acompanhará a visita à exceção de São Paulo. Na pauta política estão previstos temas como cooperação transfronteiriça – a maior fronteira que a França tem com algum país é a amazônica.

O Brasil quer diminuir o desequilíbrio da balança comercial. Em 2023, o valor total do comércio entre os dois países chegou a US$ 8,4 bilhões. As exportações brasileiras foram de US$ 2,9 bilhões concentradas em soja (28%), petróleo, minério de ferro e celulose. As importações, US$ 5,5 bilhões, são principalmente de motores não elétricos e medicamentos. O déficit é de US$ 2,6 bilhões.

A França é o terceiro maior investidor no Brasil, pelo critério de controlador final, com US$ 38 bilhões. O Brasil investe na França com empresas como Magnesita, Alpargatas, Natura, Granado, Itaú. O valor é de US$ 1,1 bilhão.

O acordo UE-Mercosul poderia abrir novas frentes, mas Macron já disse mais de uma vez ser contrário. O governo brasileiro acredita, contudo, que o presidente francês reage às pressões domésticas de produtores rurais temerosos com a competição do agro brasileiro.

A visita começa por Belém. A ideia é levar Macron ao epicentro da COP 30, que o Brasil sediará em 2025. A intenção é que Macron e Lula discutam metas comuns ligadas à mudança do clima, combate ao desmatamento, agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e bioeconomia. É possível que Macron anuncie recursos para projetos na Amazônia.

A pauta comercial inicia-se em Itaguaí. Acompanharão o lançamento do submarino Tonelero, o terceiro dos quatro comprados da França e construídos em parceria com empresas e a Marinha brasileiras. O negócio, firmado em 2008, foi estimado à época em RS$ 28 bilhões. Na ocasião foram adquiridos também 50 helicópteros franceses. A cooperação pode, eventualmente, abrir-se para energia nuclear, diz uma fonte.

Em São Paulo haverá o Fórum Econômico Brasil-França, organizado pela embaixada francesa com entidades do setor privado brasileiro. Há cerca de 860 empresas francesas no Brasil.

O presidente Macron esteve na Argentina, em 2018, mas para a cúpula do G20. O último chefe de Estado francês a visitar o país foi o presidente François Hollande, em 2016, para a abertura dos Jogos Olímpicos. No governo de Jair Bolsonaro, os ataques do ex-presidente brasileiro ao francês deixaram um hiato na relação entre os dois países. As informações são do jornal Valor Econômico.

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