Sexta-feira, 13 de junho de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
20°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Plano de Donald Trump para usar militares em ações de imigração começou a nascer em fevereiro

Compartilhe esta notícia:

Mesmo com milhares de agentes espalhados pelo país, as prisões e deportações de imigrantes estão muito aquém das expectativas da Casa Branca. (Foto: The White House)

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de mobilizar centenas de militares da Guarda Nacional e da Marinha para conter os protestos pró-imigração em Los Angeles expõe um plano que vinha sendo desenhado nos bastidores da Casa Branca há meses. O Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), segundo a rede americana CNN, vem trabalhando desde fevereiro para encontrar maneiras de usar as forças armadas para reforçar a agenda agressiva de fiscalização da imigração, que já prendeu e deportou milhares de estrangeiros.

Fontes confirmaram à CNN que o governo discute há, pelo menos, quatro meses como incluir militares nas ações do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA). As discussões, ainda de acordo com a CNN, surgiram do desejo do governo Trump de intensificar drasticamente as operações em todo o país e prender mais imigrantes do que nunca.

“É, certamente, uma expansão, mas é necessário”, disse o secretário de fronteiras da Casa Branca, Tom Homan, ao comentar o envolvimento das tropas nas ações do ICE. “Estamos tentando usar todos os recursos disponíveis. É por isso que estamos trazendo todas essas outras agências: ATF, FBI, US Marshals. Temos um trabalho e tanto pela frente.”

Após o início dos protestos contra as ações do ICE em Los Angeles, Trump mobilizou 700 fuzileiros navais e mais de 4 mil membros da Guarda Nacional. Segundo a CNN, que citou uma alta autoridade do Pentágono, a mobilização custará ao Departamento de Defesa dos EUA cerca de US$ 134 milhões (mais de R$ 750 milhões na cotação atual).

Homan, por sua vez, enfatizou que os membros da Guarda Nacional não estão aplicando a lei de imigração e estão focados em servir como proteção para propriedades e agentes federais que, segundo o governo, foram agredidos.

Na noite de quarta-feira (11), manifestantes se reuniram na frente de hotéis em Los Angeles, onde, segundo relatos das redes sociais, agentes do ICE estariam hospedados. Em paralelo, ao menos três pessoas foram presas em Tucson, no Arizona, e oito em Seattle, durante as manifestações que já foram pra fora de Los Angeles.

Nessa quinta-feira (12), Trump afirmou que Los Angeles esteve “sã e salva nas últimas duas noites” graças ao envio de militares. “Nossa grande Guarda Nacional, com uma pequena ajuda dos Fuzileiros Navais, colocou a polícia de Los Angeles em posição de fazer seu trabalho com eficácia”, escreveu o presidente em sua rede Truth Social, acrescentando que, sem os militares, a cidade “seria uma cena de crime como não víamos há anos”.

A secretária assistente do DHS, Tricia McLaughlin, disse que “os militares estão fornecendo proteção aos policiais federais enquanto continuam as operações para remover os piores de Los Angeles.

“Se algum manifestante atacar policiais do ICE, os militares têm autoridade para detê-lo temporariamente até que a polícia efetue a prisão”, acrescentou McLaughlin.

Primeiro sinal 

O primeiro sinal público de que o governo Trump estava planejando usar os militares para ajudar na fiscalização da imigração veio no mês passado, quando o DHS solicitou 20 mil soldados da guarda do Pentágono para ajudar a dar suporte às suas operações.

O DHS solicitou tropas para ajudar no processamento, transporte, suporte de detenção e resposta a emergências dentro dos presídios, além de ajudar em operações noturnas, segundo a CNN. O Pentágono, de acordo com uma autoridade de defesa, ainda está decidindo quantos soldados da Guarda Nacional serão fornecidos ao DHS.

Agentes de imigração também devem receber ajuda de unidades da Guarda Nacional em estados onde os governadores são aliados ao governo, disse um oficial de defesa à CNN. No Texas, por exemplo, o governador Greg Abbott, um fervoroso apoiador de Trump, disse na quarta-feira que a Guarda Nacional de seu estado estava pronta para responder caso surgissem protestos.

Sem que Trump invoque a Lei da Insurreição, que permite que os militares exerçam funções policiais, a Guarda Nacional não pode efetuar prisões, embora possa deter pessoas temporariamente até que a polícia chegue e forneça proteção. Também na quarta-feira, o ICE publicou imagens no X de tropas da Guarda Nacional formando um perímetro de segurança em torno de agentes de imigração enquanto prendiam um homem na Califórnia.

Pressão 

O envio dos militares aos protestos em Los Angeles ocorre em meio à pressão crescente da Casa Branca para intensificar a repressão contra imigrantes. Mesmo com milhares de agentes federais espalhados pelo país, as prisões e deportações de imigrantes estão muito aquém das expectativas da Casa Branca. O ICE, que antes realizava cerca de mil prisões diárias, agora efetua aproximadamente 2 mil.

A estratégia tem como um de seus principais articuladores Stephen Miller, principal assessor de Trump e arquiteto das medidas anti-imigração do governo. De acordo com a CNN, Miller participou pessoalmente de reuniões na Casa Branca para acompanhar a situação em Los Angeles. A mensagem dele foi clara: o governo não vai recuar e deve prosseguir com as operações. (Com informações do jornal O Globo)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

O que causou a queda de um Boeing 787 na Índia? Especialistas analisam vídeo do acidente
Juiz decidirá se Donald Trump violou a lei ao mobilizar a Guarda Nacional para conter protestos em Los Angeles
https://www.osul.com.br/plano-de-donald-trump-para-usar-militares-em-acoes-de-imigracao-comecou-a-nascer-em-fevereiro/ Plano de Donald Trump para usar militares em ações de imigração começou a nascer em fevereiro 2025-06-12
Deixe seu comentário
Pode te interessar