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Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2016
A PF (Polícia Federal) deflagrou a 23ª fase da Operação Lava-Jato nesta segunda-feira (22). Um dos alvos desta etapa, chamada de Operação Acarajé, é o publicitário baiano João Santana, que foi marqueteiro das campanhas da presidenta Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Há mandado de prisão expedido contra ele, mas Santana estaria na República Dominicana e não foi preso.
Também são alvo desta etapa a empreiteira Odebrecht e o engenheiro Zwi Skornicki, que operava propinas no esquema da Petrobras investigado pela Lava-Jato. A polícia esteve no início da manhã no prédio da Odebrecht, em São Paulo. Além do estado de São Paulo, a operação cumpriu mandados na Bahia e no Rio de Janeiro.
A 23ª fase da Lava-Jato tem 51 mandados ao todo. Pelo menos 38 de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva, 6 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva. Participam da ação 300 homens da PF.
Santana é alvo porque os investigadores têm indícios suficientes de que ele possui contas no exterior , com origem não declarada. O publicitário começou a ser investigado na Lava-Jato em um inquérito sigiloso depois que a PF apreendeu, na casa de Zwi Skornicki , um manuscrito atribuído à mulher de João Santana indicando contas dele fora do País.
Além de marqueteiro das campanhas, ele chegou a ser conselheiro da presidenta Dilma em várias decisões de governo, chamado a participar de reuniões decisivas , com voz de influência em debates políticos no primeiro escalão. (AG)