Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2020
"A única maneira de garantir que o país aproveite o Natal é ser duro agora", disse o líder conservador
Foto: ReproduçãoO primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reconheceu nesta quinta-feira (17) que está considerando impor um toque de recolher em bares e restaurantes para achatar a “segunda corcova” da pandemia, comparando uma segunda onda do coronavírus ao perfil de um camelo. “A única maneira de garantir que o país aproveite o Natal é ser duro agora”, disse o líder conservador.
Dado o aumento nas infecções por Covid-19, seu governo proibiu todas as reuniões de mais de seis pessoas desde segunda-feira passada, exceto em escolas, locais de trabalho, locais de culto e eventos esportivos. Se a medida for mantida, isso impossibilitará grandes reuniões de familiares e amigos no Natal, uma época especialmente apreciada pelos britânicos.
Seu Executivo se prepara para anunciar novas restrições na Inglaterra, principalmente no nordeste, que ameaçam um dos grandes hobbies dos britânicos: a ida ao pub, limitada com um possível toque de recolher para bares e restaurantes. Com essas medidas, “o que quero evitar é confinar” o país, como aconteceu em março, explicou Johnson.
“Podemos pegá-lo agora, parar a onda, frear o pico, achatar a segunda corcova do dromedário”, disse Johnson ao jornal, antes de parar para refletir sobre sua metáfora [o correto seria camelo]. “Dromedário ou camelo? Não me lembro qual deles tem duas corcovas? Por favor, verifique”, acrescentou.
Com sua habitual retórica burlesca e repleta de imagens, Johnson comparou a primeira onda de coronavírus a um chapéu mexicano e pediu aos britânicos que o “esmagassem” com o confinamento imposto do final de março a junho. Muito criticado por suas decisões erráticas, a maneira como o governo Johnson lidou com a pandemia viu sua aprovação cair de +51 pontos no final de março para -33 nesta semana, de acordo com uma pesquisa do instituto YouGov divulgada nesta quinta-feira.