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Brasil Preso há mais de 100 dias, Lula continua sendo o único a dar as cartas dentro do PT

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Lula teve a condenação da Operação Lava-Jato confirmada em segunda instância. (Foto: Instituto Lula)

Que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dificilmente terá sua candidatura confirmada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), isso o PT já sabe. Na avaliação de analistas, a questão agora é definir qual a hora mais propícia para “jogar a toalha”.

O partido vai registrar no dia 15 de agosto o nome de seu líder na disputa ao Palácio do Planalto e se prepara para dois cenários: acatar a provável rejeição da tentativa pela Corte e desencadear imediatamente o “plano B” (o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad ou o ex-governador baiano Jaques Wagner) ou recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para judicializar a questão até o fim.

Como sempre, o partido está dividido. Há quem defenda o lançamento do sucessor de Lula tão logo a derrota na esfera eleitoral aconteça, evitando maiores traumas institucionais para o país. Isso pode acontecer em qualquer momento entre meados de agosto e meados de setembro.

Lula é o líder das pesquisas com 30% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa do instituto Datafolha divulgada no mês passado. Sem ele na disputa, 30% dizem que votam em alguém indicado por ele. Outros 17% cogitam fazê-lo. Se isso se confirmar, o candidato do PT está virtualmente no segundo turno, seja ele quem for.

Mas os que advogam por levar a candidatura de Lula até a última instância argumentam que foi o Judiciário que “cavou” essa situação, ao prender “injustamente” o pré-candidato mais bem quisto dos eleitores.

Caso vença essa tese, Lula tentaria obter liminar na Justiça para figurar nas urnas. O risco seria ver todos os milhões de votos conquistados serem anulados por uma decisão judicial derrubando a liminar que o garantiu nas urnas. “O PT vai agir com um olho na eleição e outro na história”, prega um grão petista.

Nessa conta, os petistas terão que considerar o fator tempo de TV. Dono de pelo menos um minuto e meio por bloco, o PT terá o direito de apresentar Lula como candidato aos ouvintes e telespectadores até a decisão final sobre sua candidatura pelo TSE.

Depois disso, ainda tem um prazo de dez dias para substituí-lo enquanto mantém seus programas no ar. Esgotado esse prazo, se não apontar um outro nome, perderá o valioso ativo, que seria então distribuído entre seus concorrentes.

Cárcere

Encarcerado há mais de 100 dias em Curitiba, Lula continua sendo o único a dar as cartas no PT. O homem que governou o País por dois mandatos consecutivos (2003-2010) é quem vai bater o martelo de quem assumirá a candidatura presidencial no seu lugar – e quando isso ocorrerá. Até lá, o PT vai tocando a campanha. Com programa, mas sem candidato.

O partido prevê gastar R$ 50 milhões (R$ 20 milhões a menos do que o teto definido em lei) para levar a cabo a campanha que mescla o grito de “Lula Livre!” com propostas que conversam com os menos favorecidos. Nas palavras de um dos coordenadores da campanha, são pautas como “a necessidade de baixar o preço do gás, o alerta de que voltou o pesadelo da fome e que o SUS [Sistema Único de Saúde] e as universidades públicas estão em situação de penúria”.

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