Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Preso o policial branco que matou um negro e provocou diversos protestos nos Estados Unidos

Compartilhe esta notícia:

O acordo faz parte de um processo civil movido pela família de Floyd em junho de 2020. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

O policial Derek Chauvin, demitido após ser flagrado com o joelho sobre o pescoço de George Floyd em Minneapolis, nos Estados Unidos, foi detido nesta sexta-feira (29) e responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando é considerado que o responsável pela morte atuou de forma irresponsável ou imprudente). Floyd morreu posteriormente em um hospital após ser detido. Outros três policiais estão sob investigação.

A família de Floyd divulgou um comunicado, dizendo que a acusação era “bem-vinda”, mas não suficiente. Eles pedem que Chauvin seja acusado de homicídio em primeiro grau (quando o autor sabe que seu comportamento irá provocar a morte), além de acusações formais contra os demais policiais.

A família anunciou ainda que está contratando um legisla para realizar uma autópsia independente em Floyd, por não confiar nos profissionais da polícia de Minneapolis.

Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal e a ex-dona de um bar ouvidos pelo “USA Today”, Floyd e Chauvin se conheciam antes do dia em que o primeiro foi detido pelo segundo: eles teriam trabalhado no mesmo bar no passado. Os dois foram seguranças em um local chamado El Nuevo Rodeo.

Maya Santamaria, que era proprietária do bar, disse que Chauvin trabalhou na entrada do local durante 17 anos, durante suas folgas como policial, enquanto Floyd fazia segurança dentro do estabelecimento.

8 minutos e 46 segundos

Segundo a acusação contra Chauvin, ele manteve seu joelho sobre o pescoço de Floyd durante 8 minutos e 46 segundos no total, sendo que nos últimos 2 minutos e 53 segundos este já estava “irresponsivo”.

A autópsia informa que não há “nenhum achado físico que suporte o diagnóstico de asfixia traumática ou estrangulamento”.

Porém, o efeito combinado de George Floyd ser restringido pela polícia, juntamente com suas condições de saúde subjacentes e quaisquer possíveis intoxicantes em seu sistema, “provavelmente contribuíram para sua morte”, de acordo com a acusação.

Floyd sofria de doença arterial coronariana e doença cardíaca hipertensiva.

Caso George Floyd

A morte de Floyd, um homem negro, após sua detenção por Chauvin, um policial branco, no início da semana, gerou revolta em diversas partes dos Estados Unidos. Em Minneapolis, manifestantes incendiaram prédios e invadiram uma delegacia, enquanto Nova York registrou dezenas de prisões em um protesto.

Segundo a CBS, Chauvin atuou na polícia de Minneapolis por 19 anos. De acordo com a emissora norte-americana CNN, o policial tinha 18 denúncias contra ele na corporação.

Floyd foi detido após o funcionário de uma mercearia chamar a polícia e acusar o homem de tentar pagar as compras com uma nota falsa de US$ 20.

O jornal “Chicago Tribune” conta que Floyd fazia parte da massa de desempregados nos Estados Unidos causada pela pandemia de novo coronavírus. Ele perdeu o emprego como segurança em um restaurante depois que o estabelecimento fechou com as medidas de isolamento.

Também nesta sexta-feira, o prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, impôs um toque de recolher, que terá início às 20h e será mantido até as 6h da manhã, durante todo o final de semana. O prefeito da cidade vizinha de St. Paul, Melvin Carter, adotou medida semelhante.

Condolências

Nesta sexta, o presidente Donald Trump afirmou ter conversado com familiares de Floyd. “Quero expressar as mais profundas condolências de nossa nação e as mais sinceras condolências à família de George Floyd”, disse ele a jornalistas na Casa Branca, ao informar que tinha entrado em contato com os familiares.

“Foi uma coisa terrível, terrível o que aconteceu, algo que nunca deveria ser permitido acontecer”, acrescentou.

Protestos

A revolta na cidade começou após a divulgação de um vídeo que mostra a abordagem policial ocorrida do lado de fora de um supermercado em Minneapolis. Um policial branco se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase oito minutos, enquanto ele se queixava de que não conseguia respirar. Floyd morreu depois em um hospital.

As manifestações, então, tomaram várias partes dos Estados Unidos. Em Minnesota, estado onde ocorreu a morte, o governador chamou a Guarda Nacional para conter a onda de saques e tumultos.

Em Nova York, um protesto ocorreu quinta-feira na Union Square, em Manhattan, mesmo com as medidas de distanciamento social. Os manifestantes repetiram a frase “não consigo respirar”, dita por Floyd e repetida em 2014 por Eric Garner, morto em operação policial semelhante.

Os confrontos começaram depois que o grupo se recusou a deixar a área para que o trânsito fosse restabelecido, informa a NBC. Segundo a emissora, houve feridos entre policiais e manifestantes.

tags: polícia

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Policial de Minneapolis é acusado de assassinato no caso George Floyd
Pela segunda vez, o Twitter bloqueou uma mensagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
https://www.osul.com.br/preso-o-policial-que-matou-um-negro-e-provocou-protesto-com-incendio-em-delegacia-nos-estados-unidos/ Preso o policial branco que matou um negro e provocou diversos protestos nos Estados Unidos 2020-05-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar