Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2016
Após décadas de repetidas acusações de mais de 50 mulheres, o comediante norte-americano Bill Cosby foi acusado criminalmente de agressão sexual grave pela Justica da Filadélfia, nos Estados Unidos. A responsabilização, que diz respeito a somente um caso, poderá abrir caminho para o testemunho de dezenas de vítimas de abusos sexuais praticados pelo comediante.
O caso denunciado ao Judiciário se refere a Andrea Constand, uma funcionária da Universidade de Temple, da qual Cosby teria sido mentor ao longo dos primeiros anos da década de 2000. Segundo a acusação em curso, o comediante drogou e abusou sexualmente de Constand durante uma das visitas dela à residência do ator em janeiro de 2004.
A vítima levou o caso à polícia na época, mas a investigação foi concluída sem provas suficientes para acusar Cosby.
Porém, durante 2015, a imprensa norte-americana passou a dar mais atenção às dezenas de mulheres que acusavam o comediante de ter agido com elas assim como relatou Constand. Muitos dos casos, contudo, tinham prescrito, conforme as legislações da Califórnia e da Pensilvânia, e não podiam mais ser processados criminalmente.
Na ação atual, Cosby é réu de três acusações de agressão sexual grave e poderá ser condenado a até dez anos de prisão por cada uma delas. Na audiência da última quarta-feira, o comediante alegou inocência e pagou 10% da fiança de 1 milhão de dólares fixada pelo tribunal. A Corte exigiu que ele entregasse o passaporte. A próxima sessão será no dia 14. (Opera Mundi)