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Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2015
O PT entrou nessa terça-feira com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na qual pede abertura de investigação sobre supostas irregularidades na contas de campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-SP), candidato derrotado à Presidência em 2014.
Por meio de análise dos dados financeiros entregues ao TSE pela campanha de Aécio Neves, o partido alega que há problemas fiscais em 78% dos recibos apresentados na prestação de contas. Com base no lavantamento, o PT pediu também ao TSE a rejeição das contas do candidato, que ainda não foram julgadas e estão sob a relatoria da ministra Maria Theresa de Assis Moura.
De acordo com o coordenador jurídico Flávio Caetano, a contabilidade apresentada pela campanha de Neves fez lançamentos que não constam em extratos bancários com indício de caixa 2, usou recursos do Fundo Partidário e fez gastos antes da abertura de contas destinadas para receber os recursos para a campanha, conforme prevê a legislação eleitoral.
O levantamento realizado pela equipe de Caetano aponta que um depósito de 1,2 milhão de reais foi feito pelo Comitê Financeiro Nacional do PSDB em benefício do próprio comitê. Para o advogado, a suposta irregularidade significa que há indício de que o candidato mantinha em espécie valores superiores ao permitido pela legislação eleitoral.
Na petição, o coordenador jurídico também afirmou que Aécio e o candidato a vice, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), utilizaram funcionários públicos indevidamente para trabalharem na campanha. (Abr)