Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2022
Objetivo da nova apresentação é indicar que somente a dose de reforço representa que a pessoa completou o esquema preconizado
Foto: Ascom SESDados do portal de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apontam que até esta segunda-feira (18) ao menos 48% dos gaúchos estão com o esquema de imunização completo contra covid, ou seja, já receberam ao menos uma dose de reforço, após completar o ciclo básico (duas doses de Coronavac, Oxford e Pfizer ou a injeção única da Janssen).
Esse contingente é formado por quase 4,65 milhões dos 11,43 milhões de habitantes das 497 cidades do Rio Grande do Sul. Se forem contabilizadas apenas as pessoas abrangidas pela campanha (a partir dos 5 anos de idade), esse índice sobe para 51,2%,
A má notícia é que mais de 2,94 milhões de indivíduos residentes no Estado já poderiam ter buscado a proteção adicional mas ainda não o fizeram – não há informações oficiais sobre os motivos pelos quais essa defasagem persiste. Para piorar a situação, 714.276 pessoas sequer providenciaram a segunda dose.
Mudança de critério
Vale ressaltar que desde o dia 12 de abril o site oficial vacina.saude.rs.gov.br adota um novo critério para considerar quem são os adultos com esquema completo de imunização. Se antes tal status levava em conta quem recebeu duas doses (ou aplicação única), agora isso vale somente para quem já recebeu a primeira injeção de reforço.
Atualizado diariamente e disponível para consulta por qualquer cidadão, o painel virtual também passou a divulgar a dados sobre o andamento da segunda dose de reforço (ou “quarta dose”, como é igualmente conhecida). Atualmente, essa aplicação é recomendada a partir dos 80 anos – grupo que abrange 326 mil gaúchos, dos quais quase 30 mil estenderam o braço à segunda picada-extra.
De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, as mudanças têm por finalidade reproduzir na estatística oficial a constatação – comprovada cientificamente – de que a melhor proteção contra a covid pressupõe justamente a aplicação da dose-extra, atualmente disponível a partir dos 18 anos de idade e para grupos de maior risco no que se refere à doença.
“Trata-se de uma avaliação dinâmica, já que nos primeiros tempos da ofensiva contra covid o esquema completo era representado pela segunda dose ou dose única, mas isso mudou”, explicou a Secretaria Estadual da Saúde na ocasião.
Análises mais recentes por técnicos confirmam a ocorrência de uma redução expressiva das chances de óbito por covid para quem recebeu o reforço vacinal. Idosos com essa proteção adicional têm risco 17 vezes menor de morrer pela doença, se comparados aos indivíduos sem qualquer dose até o momento. Já para o segmento populacional de 40 a 59 anos, essa proporção é 14 vezes menor.
Situação geral
– A estatística disponível até o momento mostra que quase 9,64 milhões de habitantes do Estado (497 cidades) já receberam primeira dose de alguma vacina contra covid.
– Mais de 8,67 milhões foram contemplados com a segunda injeção (para 312.871 o imunizante ministrado foi o da Janssen, com aplicação única).
– O primeiro reforço vacinal, por sua vez, abrange quase 4,65 milhões de gaúchos, conforme mencionado.
– Já a segunda aplicação-extra (“quarta dose”), por sua vez, totaliza 42.574 idosos a partir dos 80 anos e 171.346 indivíduos com baixa imunidade, segmentos populacionais contemplados pelo chamado segundo reforço.
(Marcello Campos)
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