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Rio Grande do Sul O governador gaúcho garantiu que não haverá um retorno precipitado das aulas presenciais

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O recesso escolar será entre 22 de julho e 2 de agosto. (Foto: Agência Brasil)

Depois de uma série de questionamentos à sua sugestão de retomada das aulas presenciais a partir do final de agosto, nesta quinta-feira (13) o governador gaúcho Eduardo Leite fez a ressalva de que a proposta recém está em fase inicial de debate. Ele também mencionou a responsabilidade dos prefeitos no processo e garantiu que a Secretaria da Educação não arriscará um retorno precipitado.

“Se os indicadores de contágio por coronavírus começarem a subir [número de internações e de mortes, por exemplo], todo esse cronograma inicialmente proposto será adiado”, frisou. “Há uma série de condicionantes e nada será feito sem a convergência de prefeitos e especialistas ou a segurança de que os indicadores apontam para um momento de estabilidade.”

Na antevéspera, durante reunião com o comando da Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul) e presidentes de 27 associações regionais, ele sugeriu um retorno gradual das aulas a partir de 31 de agosto nas redes pública e particular.

O primeiro nível a voltar seria o Ensino Infantil, seguido pelo Superior em 14 de setembro e pelo Médio e Técnico no dia 21. Já os anos finais do Ensino Fundamental retornariam em 28 de setembro e os iniciais em 8 de outubro. Isso tudo, porém, somente em regiões que estiverem sob bandeira laranja (risco alto de contágio por coronavírus) ou amarela (risco médio) no sistema de distanciamento controlado.

Nos próximos dias, essa discussão será alvo de novos encontros com prefeitos. Também devem participar representantes do MP (Ministério Público) do Rio Grande do Sul e TCE (Tribunal de Contas do Estado).

“Ao lado do governo do Estado, as prefeituras são as grandes mantenedoras das redes de ensino”, reiterou Leite. “Por isso, os prefeitos precisam se organizar, seja para setembro ou mais adiante, identificando os cuidados exigidos, fazendo contratação de equipe, compra de materiais e de equipamentos necessários a um retorno seguro.”

De acordo com o governador, a retomada iniciaria pela Educação Infantil porque, nessa rede, o cumprimento de dias letivos não é obrigatório – o envio dos alunos pelos pais, portanto, não seria compulsório. N

Já nos Ensinos Fundamental e Médio, os alunos estão estudando à distância, porque as crianças já têm autonomia para acessar as aulas. O mesmo não ocorre na Educação Infantil, no qual crianças de zero a 5 anos têm pouca condição de receberem estímulos e de se manterem atentas por meio remoto.

“Do ponto-de-vista pedagógico, as aulas remotas não têm a capacidade de substituir plenamente as presenciais, no sentido de manter o estímulo e a transferência de conhecimento para crianças e jovens”, prosseguiu. “Como as remotas não funcionam da mesma forma na Educação Infantil, pais e responsáveis estão deixando de pagar as mensalidades das escolas, que acabam quebrando.”

“Se as escolas para essa faixa etária deixarem de existir, a rede pública não terá capacidade para suportar a demanda que surgirá”, alertou. Além disso, como a economia está, aos poucos, retomando, pais e responsáveis podem não ter opção segura para deixar os filhos. “Eles acabam deixando a criança com alguém que se disponha a cuidá-las, mas sem estrutura e protocolos de segurança contra o coronavírus”.

Na avaliação do governador, a retomada da Educação Infantil será, antes de tudo, uma opção de prefeitos e pais: “Trata-se de retirar a restrição imposta pelo Estado. Os prefeitos poderão avaliar se seus municípios têm condições, e os pais que preferirem manter as crianças em casa inclusive devem exercer essa alternativa. Queremos dar uma opção aos pais que não têm onde deixar as crianças”.

Mudança

As aulas não serão retomadas da mesma maneira como eram conhecidas. O modelo proposto é híbrido e envolve o ensino remoto (Google Classroom e outras plataformas utilizadas por instituições particulares) e o ensino presencial, em turmas e horários reduzidos, com distanciamento em sala de aula, uso de equipamentos de proteção individual e reforço nas medidas de higiene.

O valor estimado para investimento na rede estadual em aprendizagem, capacitação, equipamentos de proteção, materiais de desinfecção e contratação de professores e profissionais de apoio (serventes e merendeiras) terá um custo extra de R$ 270 milhões. Isso inclui a aquisição de 50 mil notebooks para os professores – 25 mil já foram adquiridos e devem chegar até o fim de setembro.

(Marcello Campos)

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