Segunda-feira, 07 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2024
Os portões haviam sido fechados no dia 2 de maio.
Foto: Luciano Lanes/PMPAO Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) de Porto Alegre reabriu cinco comportas do Sistema de Proteção Contra Cheias na tarde dessa terça-feira (28). Os portões haviam sido fechados no dia 2 de maio.
As comportas abertas foram as de número 1 (nas proximidades do Gasômetro), 4 (portão principal de acesso ao Cais Mauá), 11 (avenida Voluntários da Pátria com São Pedro), 12 (acesso a subida para a avenida Castelo Branco, pela Voluntários da Pátria) e 14 (próxima ao DC Navegantes). As três últimas ficam na região da avenida Sertório e auxiliam no escoamento da água de dentro da cidade para o Guaíba.
Das 14 comportas existentes na capital gaúcha, localizadas entre a Ponte do Guaíba e a Usina do Gasômetro, sete estão permanentemente bloqueadas e outras sete haviam sido fechadas. Os portões fazem parte do Sistema de Proteção Contra Cheias, composto também por 23 Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps) e diques de Porto Alegre.
A pedido da equipe do Portos RS, o portão 3 ficou com as bags que haviam sido instaladas anteriormente.
“Hoje pela manhã estivemos olhando através do Muro da Mauá e identificamos que a água do Guaíba teve bastante redução, por isso decidimos abrir as comportas, para que escoe a água da cidade e também para que o pessoal dos portos consiga acessar o local”, esclarece o diretor-geral Maurício Loss.
Ilhas
Após as enchentes que atingiram a cidade, as ruas na Região das Ilhas de Porto Alegre têm bancos de areia que chegam até 2 metros de altura. Por conta da situação, moradores da região se preocupam em como fazer a limpeza do local. A areia que cobriu as ruas também invadiu casas e quase atingiu o teto de alguns imóveis. A areia é resultado da erosão do solo pela água, sendo assim um fenômeno natural. As ilhas estão praticamente isoladas do restante da cidade. Passados quase um mês do desastre climático que afetou mais de 2,2 milhões de pessoas e deixou 169 mortos no Rio Grande do Sul, não há fornecimento de água e de luz na região. A prefeitura afirma que 3.902 pessoas e 1.906 imóveis foram afetados pelas cheias na localidade.
Na Ilha da Pintada, atingida pela cheia, vivem cerca de 7 mil famílias. Não é possível a chegada de caminhões ou retroescavadeiras no local por se tratar de um arquipélago. Ainda não há previsão de chegada de maquinário ou equipes de limpeza para atuar na região.