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Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2015
Partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional, a Rede Sustentabilidade e o PSOL não apoiarão o pedido impeachment acolhido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A decisão tem um peso simbólico, já que, juntas, as duas siglas somam apenas dez entre 513 parlamentares.
Já o PSB, que conta com 36 deputados federais e indicará quatro integrantes para a comissão que avaliará o impedimento, deverá definir sua posição amanhã. A maioria da cúpula do partido e os governadores rechaçam a iniciativa. A posição do líder da bancada, Fernando Bezerra Filho (PE), porém, ainda é uma incógnita. Caberá a ele a palavra final sobre os quatro nomes que representarão o PSB na comissão.
O vice-governador de São Paulo, Márcio França, que integra a direção executiva do PSB, se manifestou contra o parecer. “O PSB ainda não tem uma posição formal, mas eu penso que não há elementos para o impeachment no parecer que foi acolhido”, diz França. Diante da perspectiva de uma disputa acirrada entre governo e oposição, o partido poderá ser o fiel da balança na Câmara.
A decisão da Rede foi tomada na quinta-feira depois de uma reunião em Brasília com a participação da ex-ministra Marina Silva, cinco deputados da legenda, o senador Randolfe Rodrigues (AP) e seis dirigentes nacionais. Marina disse que não pode haver revanche eleitoral. Documento divulgado pelo partido na sexta-feira declarou que a petição aceita pela Câmara “não apresenta matéria nova em relação à anterior, já analisada pela Rede como insuficiente para redundar em impeachment”. (AE)