Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de fevereiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A 1º. de março de 2015, surgiu mais um atrito entre a presidente da República e Joaquim Levy. O ministro da Fazenda tinha declarado que “a desoneração da folha de pagamentos, utilizada pelo governo, foi grosseira e uma brincadeira de mau gosto. Não criava nem protegia empregos”.
Dilma Rousseff revidou, dizendo que “a manifestação foi infeliz”.
Levy teve de recuar, reconhecendo a avaliação como “coloquial demais”.
Foi a terceira vez em dois meses que Levy teve de explicar e amenizar o tom crítico de suas declarações.
A 21 de janeiro, Levy, durante entrevista coletiva no Fórum de Davos, declarou que “o Brasil poderia entrar em recessão”. Horas depois, a Assessoria de Imprensa do ministro explicou que a palavra recessão foi usada de forma inadequada e que deveria haver a substituição por contração.
A 23 de janeiro, em entrevista ao jornal londrino Financial Times, Levy afirmou que o seguro desemprego estava “completamente ultrapassado”.
Outra vez sua assessoria argumentou que a declaração teve por objetivo ampliar o debate, modernizar o sistema e as regras do benefício, sem querer ofender ninguém.
A saída a 18 de dezembro do ano passado foi consequência de outros desencontros que se sucederam. Ao mesmo tempo, o PT pressionava, contestando as iniciativas do ministro e pedindo a substituição do economista neo-liberal.
A posse de Levy, a 1º de janeiro de 2015, com a intenção de recuperar a credibilidade de investidores e do mercado financeiro, não deveria ter ocorrido. O País perdeu um ano de possível recuperação, ficou marcando passo e confirmou um antigo ditado: água e azeite não se misturam.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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