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Mundo Saiba como funciona o robô assassino que matou o responsável pela morte de cinco policiais nos Estados Unidos

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Robô foi criado para operações militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão. (Foto: Reprodução)

“Não vimos outra opção”, afirmou Mark Brown, chefe da polícia de Dallas, no Texas (EUA), ao confirmar que o franco-atirador que matou cinco policiais havia sido morto com auxílio de um veículo-robô movimentado por controle remoto. Os agentes usaram um Robô Multifunção Ágil de Controle Remoto, conhecido como MARCbot, levando um explosivo, para eliminar Micah Johnson, o jovem de 25 anos que havia se refugiado em um edifício-garagem de Dallas após disparar contra a polícia.

O tiroteio aconteceu no local em que ocorria um protesto pelas mortes de Alton Sterling e Philando Castile, dois homens negros assassinados por policiais brancos em Minnesota e Louisiana.

Segundo o chefe de polícia de Dallas, antes de morrer, Johnson disse que sua intenção era “matar brancos, principalmente agentes brancos”.

O Exército dos EUA já usa o MARCbot no Iraque e no Afeganistão há mais de uma década. Mas seu uso no episódio de Dallas levantou questões sobre a crescente militarização da polícia e as consequências do uso de equipamento de guerra em centros urbanos.

O robô é do tamanho de um cortador de grama, tem quatro rodas ou esteiras unidas por um chassi que suporta uma bateria de seis horas de duração, uma câmera giroscópica, um alto-falante, microfone e um braço mecânico.

Os operadores operam o dispositivo de forma remota com um controle e uma tela. Podem enviá-lo a locais perigosos para que sejam “vistos” e examinados com sua câmera, usar seu braço para mover objetos suspeitos, ativar cargas explosivas ou interagir com alguém por meio do alto-falante e do microfone.

“Não vimos outra opção a não ser usar o robô com uma bomba e colocar o explosivo em sua extensão para detonar onde o suspeito estava”, disse Brown. “Outras opções teriam exposto nossos oficiais a um grande perigo. O suspeito está morto como resultado da detonação”, acrescentou.

A empresa que fabrica o MARCbot, Exponent Inc., explica que se trata de um veículo “barato e de missão específica desenvolvido para inspecionar dispositivos caseiros explosivos ou material suspeito”. Foi projetado em 2002 a pedido do Exército americano, que queria evitar mais baixas de soldados enviados a missões em que eram expostos a objetos suspeitos ou locais inseguros. “São bem lerdos e são empregados para [tarefas de] reconhecimento em local de ofensivas”, explicou.

Primeiro caso letal.
O especialista em segurança Peter W. Singer, membro do centro de estudos New America Foundation, com sede em Washington D.C., afirma que é “a primeira vez que o robô é usado desta forma pela polícia”.

Quando Singer escreveu seu livro “Wired for War”, em 2009, ouviu de um soldado americano que robôs deste tipo foram usados algumas vezes contra insurgentes no Iraque. A própria polícia de Dallas já havia usado um MARCbot antes, em junho de 2015, para uma detonação controlada de um pacote na qual ninguém ficou ferido.

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